Sobrinha e Cunhado |
Tio a esquerda Pai à direita |
Que somos um país miscigenados, não há a menor dúvida. Sangue
Índio, Português, Africano, Europeu, Asiático, Espanhol, Russo, Israelita, “tudo
junto incluído, uma vez” – como diria algum alemão da minha terra natal – Ijuí RS.
Hoje olhando duas fotos – uma de meu pai e outra de uma
sobrinha filha de minha irmã mais nova – comecei a assuntar sobre as cores da minha família
original.
Comecemos pelos avós maternos. Meu avô Hipólito dos santos,
ávido devorador de livros – no início do século passado assinava o Correio do
Povo, jornal Porto-alegrense em sua
versão cor-de-rosa nos confins perdidos entre Ijuí, que ainda não havia sido
desbravado, e Cruz Alta já mais desenvolvida – filho de descendente de portugueses
que originalmente se instalaram no que hoje é o estado do Espírito Santo. Então
meu bisavô era Português nato. Da minha vó materna pouco sei, minha referência
para a árvore genealógica que era minha mãe, pouco se referiu aos antepassados
dela. Mas eu pessoalmente a tinha como descendente
de Portugueses.
Dos avós paternos, sei que uma das primeiras localizações de
referência, seria Santana do Livramento. Ele mulato barbudo, moreno forte
descendente do lendário Carvalho dono de todas as terras naquelas bandas até o
Uruguai? Ela, tez branca e olhos claros do outro lado da Fronteira. Uruguaia,
seria descendente de espanhóis?
Meu pai era um mulato de cabelo encarrapichado, diferente de
meu avô que tinha cabelo liso. Meus tios muito claros com olhos azuis e com
cabelos ondulados.
Minha mãe tinha
cabelo liso e tez morena clara.
Desse mosaico nasceram 9 filhos. Dois morreram sem que eu
tivesse contato, eram os mais velhos se não muito me engano.
A irmã mais velha, branca, não lembro de seu cabelo
original, olhos azuis.
A segunda morena claríssima, cabelos castanhos.
A terceira morena clara, se não me engano cabelos pretos
originais.
O quarto um irmão. Novinho, diriam que era filho de alemão. Seus
cabelos com o passar do tempo encarrapicharam, continuaram amarelos.
A quinta uma morenona na tez e cabelos.
O sexto, eu, morenão. Apelido no colégio dos alemães: nego.
A sétima a caçulinha, branquela e cabelos ruivos.
As duas fotos fizeram-me repassar meus entes muito
queridos...