Não há inflção, pero...
Pois meu poste de entrada de energia estava todo
fora dos padrões que as concessionárias tem sobre o assunto. Ao começar dar
problemas pela natural fadiga dos materiais, principalmente disjuntores e fios
e suas junções, resolvi (não sei até hoje como a concessionária não me cobrou
isso) trocá-lo e seguir com a modernização da minha instalação dentro da
residência.
Até aí nada de mais. A surpresa viria no novo
padrão exigido. Anteriormente havia duas alturas para postes em uma rua. No
lado oposto à distribuição da concessionária, postes de 7,5 metros. No lado da
rua da linha de energia, postes de 5 metros. Pois não é que igualaram. Agora é
tudo de 7,5 metros.
Não só o tubo de metal alongou. Alongaram-se os
fios usados, os tubos por qual eles passam e as abraçadeiras são também em
maior número. O preço alongou também, por óbvio. Cinquenta porcento no mínimo!
Dia destes estava no Supermercado e notei numa
embalagem a inscrição: “Nova embalagem com 25% a menos.” Verifiquei o preço e o
mesmo continuou inalterado.
O que tem as duas coisas em comum? O modo esperto
de aumentar as vendas e consequentemente os lucros. Os mais antigos lembram que
os tubos de dentifrício tinham um buraquinho menor de saída da pasta, da
meleca. Pois um sábio de Marketing, ao ser inquirido sobre aumentar as vendas
do produto, lascou e nos lascou: aumentem o orifício em x %.
Essas espertezas, não entram na computação da
inflação. Em todas elas consumimos mais com maior peso em nossos orçamentos.
Trouxe esses exemplos mas existem muito mais.
Comecei a pensar sobre isso quando notei que os
grandes conglomerados não estão sofrendo com a crise.
O mais recente diz respeito aos bancos,
coitadinhos. Tem um limite de crédito, se não usar, eles poderão cobrar o valor
de uma CPMF sobre o que não for usado.
E NINGUÉM CHIA!