COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

domingo, 5 de junho de 2016

Um belo domingo sem sol!


Umbigo do mundo no dia 05 do mês de Junho do ano santo de 2016. Nos dias corridos da natureza mais ou menos 43.395.678.901.202.578.950.300.000.001.002.003. Com desvio para mais ou para menos de 200.000.005.004.005, conforme o telescópio que se olhe e o instituto de pesquisa!
Tenho escrito sobre coisas climáticas estranhas nestas terras perdidas do meu Paraíso umbilical mundial.
A primeira delas é que descrevi nos anos perdidos de 2011. Pois estava esperando que o INSS me desse meu júbilo depois de muitos e muitos anos de diversos trabalhos intelectuais. Como não vinha e estava em terras estranhas que não tinha muto trabalho com o uso da cachola, tive que encarar o trabalho braçal. Não muito pesado, que para trouxa não sirvo, mas que demandava certo esforço físico. Era cuidar de um sítio pequenino com uma horta, uma pequena lavoura, gansos, galiinhas, cães e duas cabras leiteiras. É sobre elas que, neste encarreiramento de letras e estórias, descrevo uma delas. Certo dia já quando eram quase 10 hs da manhã, quando a patroa me pegou no pequeno estábulo com uma fogueirinha e uma das cabras que estava aleitando por cima do fogo. O que é isso seu Joele? Pos dona Fulana to tentando ordenhar essa guampuda desde as 06:00 hs e não consigo por causa do frio. Passei pelo termômetro do Sicredi quando vinha para cá e estava menos dez graus. Cheguei aqui e não deu outra o úbere da dita cuja tava congelado. Fiz de tudo e só  agora que consegui que ela ficasse sobre a fogueira . Está quase no ponto. Fui demitido.
Outra aconteceu quando já estava morando na casa atual. Fogão à lenha à toda na madrugada. Deixamos uma chaleira de água em cima do fogão de modos a ter água quente se precisasse. Madrugada alta, acordo com um barulho estranho. Prá, prra, prá, pá fiss, fiss,  fiss, fiss.  Prá, prra, prá, pá fiss, fiss, fiss, fiss.  Prá, prra, prá, pá fiss, fiss, fiss, fiss. Peguei o facão que guardo debaixo da cama e saí pé ante pé. Sem fazer barulho cheguei à cozinha e liguei a luz de vereda. Pois na minha cozinha uma lição de física que físico nenhum conseguiu fazer ao mesmo tempo: a água no estado líquido na chaleira, evaporava no estado de vapor, subia meio metro, pegava frio, congelava no estado sólido e caía na chapa quente. Daí derretia novamente, subia, congelava, caía, descongelava, subia...
Pra terminar, por enquanto, hoje, dia natural 43.395.678.901.202.578.950.300.000.001.002.003 aqui no umbigo do mundo, tava tão frio, mas tão frio, mas tão frio, que desisti de fazer meu churrasquinho no fogo de chão no quintal. Explico. Criou-se durante a noite/madrugada uma cerração (gauchês= neblina, fog) tão densa que não se via absolutamente nada além de vultos até um metro de distância, depois disso um vazio de imagem. Como a temperatura despencou, congelou aquela cerração ficando como aquela neve branca que cria nas geladeiras antigas. Até tentei cortá-la com o facão, com a máquina de cortar grama com fio e com o secador de cabelo. Em vão. as duas primeiras só trocavam de a neve de lugar. A terceira, o secador, derretia fazia um buraquinho de nada e a água que escorria, formava gelo sólido, não mais a nevezinha. Uma barbaridade tchê!