COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Digerindo nossa política



Pois acompanho o site oficial da Polícia Federal há algum tempo. Há escandalos de todo o porte, envolvendo todo espectro da sociedade brasileira numa profusão de gopes, achaques, desvios de conduta. Desde os segmentos ditos marginais até doutos altamente graduados e empresas de todo o porte. Isso não considerando as ações das polícias locais que recheiam nossos jornais de todo dia.
A nossa Carta Magna define quem é o poder e quem o concede:
Todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido...
Lindo isso né? Lindo! Lindo e verdadeiro. Os que não circulam nas notícas das polícias Federal e Local não se habilitam a exercer o poder. Resta quem pra nos representar? Os que estão comparecendo nas "operações" das polícias. Temos de tudo. Cafagestes de todos os naipes e tamanhos.
A nação se horrorizou com o tal de mensalão. Coisa no montante de menos de cem milhões de reais. Se é que houve, pois a bagunça jurídica da AP 470 não diz claramente.
Só que isso é fichinha. É coisa de pivetes pra comprar loló. Tremsalão, Furnas, Rodoanel, Empreiteiras ligadas à Petrobrás, Contas de Cunha, Contas do HSBC, Zelotes, põe o "Maior Caso de Corrupção do Brasil" como troco. Literalmente troco do todo maior.
Li há poucos dias uma reportagem que trazia o percentual de Parlamentares envolvidos de alguma forma com polícia, investigação, processos, justiça. Era um número astronômico já que passava de 50%. Têm moral para conduzir processos que exigem ética, isenção, equilíbrio?
Os grandes segmentos econômicos elegeram outro percentual exagerado de parlamentares. Têm isenção para criar leis que regem as relações com esses segmentos?
Lula e Dilma estão constantemente sob suspeição e até hoje nada apareceu. Nada.
Estão à mercê dessa turma que são amparados por uma mídia partidária e uma justiça venal!

sábado, 17 de outubro de 2015

Um pássaro veio até a minha janela

Pois há alguns dias, decerto o mesmo, um passarinho veio à janela. Não veio a inspiração, usei uma poesia feito por um poeta famoso. Repetiu-se a cena, veio a inspiração e ei-la:
Um pássaro em minha janela...
 Sicalis flaveola L

Não era uma  ave qualquer
Não!
Um  canário da terra!
Com uma mancha cor de laranja
Em seu topete...
Lindo em suas penas quase todas amarelas...
Há muito tempo que insiste...

Tinha uma raizinha em seu bico
Faço como o poeta:
Vai-te daqui passarinho!
Não há espaço para nós dois!
Teu interesse está trocado!
O meu espaço não pode ser o teu
E o teu espaço, conquistado ao meu,
Nunca poderá ser por mim utilizado!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O QUE SOU?

sábado, 15 de outubro de 2011


Sou poeta
E cantor,
Músico
E escritor,
Camioneiro
Agricultor,
Médico,
Dentista,
Advogado,
Contabilista,
Administrador!


Sou campeiro
Alambrador!
Sou pedreiro
Construtor!
Eletricista,
Encanador!


Sou biólogo
Coletor!
Sou físico,
Sou consultor!
Sou mecânico
E sou pintor!


Diarista,
Frentista,
Lavador!
Jornaleiro,
Jornalista,
Blogueiro,
Arquivista,
Economista,
Bibliotecário,
Farmacêutico,
Bancário,
Banqueiro
E economista!


Sou padre,
Bispo,
Coroinha
E Pastor!


Sou lojista,
Açougueiro,
Sou caixa,
Repositor!
Demonstro:
Sou promotor,
Também de todas justiças!
Sou juiz,
Sou engenheiro:
Agrônomo,
Elétrico,
Mecânico,
Naval,
Aeroespacial e
Civil.


Sou recruta,
Sou bombeiro,
Aeronáutico,
Naval:
Sou militar!


Sou barbeiro
(sem carro),
Cabeleireiro,
Penteador,
Manicure,
Pedicure,
Maquiador!


Não sou mais caçador!
Sou pescador,
Extrativista,
Sou índio,
Sou branco,
Sou preto,
Amarelo,
Estudado,
Com pouco estudo,
Mas sempre sei alguma coisa!
E todas as atividades do mundo
Passam pelo meu saber!


Se sou tudo isso,
Se sei isso tudo,
O que sou?


SOU PROFESSOR!!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

E ela chegou,,,






Toda perfumada vestindo-se de todas as cores
Mostrando-se em arco-íris deslumbrante!
Bela?
Não, extraordinariamente bela!
Exuberante!
Certinha, nem mais e não menos!
(Com tudo no lugar certo!)
Fazendo os corações de todos baterem mais forte,
Descompassados,
Numa arritmia gostosa,
Que leva a uma felicidade ímpar!
Adoro quando chega assim úmida!
Pronta para despertar desejos,
Amores,
Procriação,
Continuidade!
Sorvo-a lentamente,
Experimentando-a em todos seus odores,
Espiando-a em todas suas formas,
Cultuando-a como se minha fosse!
Sei que não é!
Uma perfeição assim deve ser partilhada por todos!
Mais: devemos espalhar que ela está aí para ser usada por todos num usufruto amplo, profundo, plural!
Sei que não se importa, vaidosa que é,
Em ser buscada,
Espiada,
Sorvida,
Namorada
E tudo o mais que indique uma relação!
Quente,
Proibida e ao mesmo tempo consentida.
Forte,
Com emoções de ambos os lados.
Linda,
Com todas as nuances da estética pura!
Muitos já falaram dela
Como se fossem seus donos.
Não são e não têm esse direito!
Ninguém pode fazer usucapião de seus encantos!
Podem tentar aprisioná-la aqui e ali,
Mas sempre dividirão o prazer de tê-la!
Com todos:
Pobres,
Ricos,
Apaixonados,
Atentos,
Desatentos,
Estudiosos ou simplesmente platônicos...
Humilde, desfruto-a assim: ardentemente platônico,
Com laivos de loucura,
Com suave paixão,
Com carinhos nos gestos!
Onde ela chegou?
Nos pampas,
Coxilhas,
Nas matas,
No litoral,
Na serra e
Onde mais possa caber,
Num desfile de vaidade
Que alcança os horizontes...


Só posso agradecer ao criador por tê-la criado!
Bem vinda ao nosso convívio,
Querida PRIMAVERA.





domingo, 9 de agosto de 2015

Genética

Sobrinha e Cunhado
Tio a esquerda Pai à direita

Que somos um país miscigenados, não há a menor dúvida. Sangue Índio, Português, Africano, Europeu, Asiático, Espanhol, Russo, Israelita, “tudo junto incluído, uma vez” – como diria algum alemão da minha terra natal – Ijuí RS.
Hoje olhando duas fotos – uma de meu pai e outra de uma sobrinha filha de minha irmã mais nova – comecei  a assuntar sobre as cores da minha família original.
Comecemos pelos avós maternos. Meu avô Hipólito dos santos, ávido devorador de livros – no início do século passado assinava o Correio do Povo, jornal Porto-alegrense  em sua versão cor-de-rosa nos confins perdidos entre Ijuí, que ainda não havia sido desbravado, e Cruz Alta já mais desenvolvida – filho de descendente de portugueses que originalmente se instalaram no que hoje é o estado do Espírito Santo. Então meu bisavô era Português nato. Da minha vó materna pouco sei, minha referência para a árvore genealógica que era minha mãe, pouco se referiu aos antepassados dela. Mas eu pessoalmente  a tinha como descendente de Portugueses.
Dos avós paternos, sei que uma das primeiras localizações de referência, seria Santana do Livramento. Ele mulato barbudo, moreno forte descendente do lendário Carvalho dono de todas as terras naquelas bandas até o Uruguai? Ela, tez branca e olhos claros do outro lado da Fronteira. Uruguaia, seria descendente de espanhóis?
Meu pai era um mulato de cabelo encarrapichado, diferente de meu avô que tinha cabelo liso. Meus tios muito claros com olhos azuis e com cabelos ondulados.
 Minha mãe tinha cabelo liso e tez morena clara.
Desse mosaico nasceram 9 filhos. Dois morreram sem que eu tivesse contato, eram os mais velhos se não muito me engano.
A irmã mais velha, branca, não lembro de seu cabelo original, olhos azuis.
A segunda morena claríssima, cabelos castanhos.
A terceira morena clara, se não me engano cabelos pretos originais.
O quarto um irmão. Novinho, diriam que era filho de alemão. Seus cabelos com o passar do tempo encarrapicharam, continuaram amarelos.
A quinta uma morenona na tez e cabelos.
O sexto, eu, morenão. Apelido no colégio dos alemães: nego.
A sétima a caçulinha, branquela e cabelos ruivos.

As duas fotos fizeram-me repassar meus entes muito queridos...

sábado, 8 de agosto de 2015

O Olho do Furacão


Nunca estive nem perto de um furacão, que dirá de seu único olho, ciclope que é. Mas essa bonança toda antecedendo a marcha da insensatez arrepiou-me o pelo do cangote(gauchês: penugem situada abaixo da região nucal – ato animalesco de defesa para mostrar que está em estado total de alerta – mesma atitude que os corpos do cães demonstram ao se colocarem em defesa). Há uma energia muito grande nesses ares, como o que precede a descarga do raio. Magnetismo puro.
Cenário 1 – Eduardo Cunha visita a rede Globo com a confirmação do Sr. todo poderoso Merval que apressa-se dizer que não foi nada de mais mas não diz o que foi tratado na conversa...
Cenário 2 – Ministros aliviam a fala com adversários fidagais. Senadores da base e do partido da Presidenta bajulam descaradamente a Rede Globo.
Cenário 3 – Vice-Presidente faz discurso conciliatório que é elogiado por todos.
Cenário 4 – Fiergs e Firjan dão apoio incondicional à fala do vice-presidente e conclama para a paz.
Cenário 5 – Rede Globo noticia o Abraço dado ao Instituto Lula. Nunca dantes. Merval disse que era um buraquinho de nada!
Cenário 6 – Rede Globo dá mais de minuto para fala da Dilma? Nunca dantes, só nos pronunciamentos oficiais pagos.
Dias atrás li sobre os conluios que estão vicejando nas searas políticas que davam conta da aproximação do PMDB e PSDB (eles já comandaram o País, lembram?). O golpe será paraguaio e muito mais fácil. O motivo é rizível mas palpavelmente melhor que o original: não aprovação das contas. Tudo que se viu nesses cenários é para apaziguar os movimentos populares que já sentiram o cheiro do golpe no ar. Como o foi no comício em que Jango falou para 200 000 pessoas.
Não acho que  Tio Sam tenha arrefecido de seu contra-ataque. Não é do feitio e o golpe no Brasil traria respaldo para outras ações no continente, como o foi em 64. Movimento de tropas muito grande na América Central e na América do Sul Ocidental. O câncer está com as metástases prontas para o alastramento.
Que tenhamos os pés bem postados atrás, que Lula deixe a barba crescer novamente e a deixe de molho.

A sanha do Império nunca amaina a não ser por estratégia... 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Crise enorme... Não há coisas boas?



Cada um destes links abaixo tem uma notícia que vai na contramão da crise


midiática. quem quiser que leia...


http://br.reuters.com/a…/businessNews/idBRKCN0PX1IV20150723…

http://www.valor.com.br/…/movimentacao-no-porto-de-santos-c…

http://centraldemidia.mec.gov.br/index.php…
http://limpinhoecheiroso.com/…/e-a-crise-embraer-bate-novo…/
http://limpinhoecheiroso.com/…/luis-fernando-verissimo-est…/
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/…/caixa-lib…
http://www.valor.com.br/…/confianca-da-industria-sobe-pela-…
http://www.portalodia.com/…/cinemas-do-pais-tem-maior-cresc…
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/…/grendene-…
http://mecanicaonline.com.br/…/audi-do-brasil-tem-melhor-p…/
http://cartamaior.com.br/…
http://www.portalmetropole.com/…/pib-do-brasil-dos-ultimos-…
http://www.valor.com.br/…/petrobras-mantem-28-posicao-em-ra…
http://g1.globo.com/…/engarrafamento-em-balneario-do-para-i…
http://www.cimm.com.br/…/13229-com-r-705-milhoes-bndes-fina…
http://limpinhoecheiroso.com/…/sus-governo-federal-destina…/
http://www.blog.saude.gov.br/index.php…
http://www.pt.org.br/combate-as-desigualdades-no-brasil-e-…/
http://educacao.uol.com.br/…/brasileiros-de-escola-publica-…
http://www.conversaafiada.com.br/…/brasil-produz-etanol-d…/…
http://www.brasil247.com/…/BB-vai-financiar-90-do-im%C3%B3v…
http://www.dcomercio.com.br/…/apesar_da_crise_riachuelo_vai…
http://www.brasil.gov.br/…/oms-recomenda-ao-mundo-medida-pr…
http://obrasilmudou.mds.gov.br/materia6.html
http://economia.estadao.com.br/…/negocios,honda-tem-fila-de…
http://educacao.uol.com.br/…/em-seu-melhor-desempenho-brasi…
http://g1.globo.com/…/brasil-ganha-tres-medalhas-em-olimpia…
http://www.sul21.com.br/…/vendas-de-livros-cresceram-69-no…/
http://entretenimento.r7.com/…/colecionadores-viram-a-madru…
http://limpinhoecheiroso.com/…/fantastico-mostra-hospital-…/
http://www.vermelho.org.br/noticia/267042-2…


http://www.abras.com.br/economia-e-pesquisa/indice-de-vendas/indice-do-mes/

http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/190274/Bahia-j%C3%A1-abriu-quase-13-mil-novas-empresas-em-2015.htm


Gozação

http://007bondeblog.blogspot.com.br/…/revista-epoca-culpa-o…

http://diogenesbrandao.blogspot.com.br/…/quem-prejudica-mai…

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Angu de caroço III -A Nova roupa da Direita


Nos dois angus anteriores ( I e II  http://blogdobentinhodeitaara.blogspot.com.br/2015/03/angu-de-caroco.html e http://blogdobentinhodeitaara.blogspot.com.br/2015/03/angu-de-caroco-ii.html ) trouxe à luz a influência que o Dinheiro Internacional está agindo na condução política do Brasil. Neste III, trago uma reportagem em que se mostra a ramificação Nacional dessas ações. Não quero deixar para a posteridade descobrirem as mesmas ações que se desenvolveram no golpe de 1964. Será muito tarde...
A postagem completa  está no http://apublica.org/2015/06/a-nova-roupa-da-direita/

Angu de caroço III

A Nova roupa da Direita

“O corpo é a primeira propriedade privada que temos; cabe a cada um de nós decidir o que quer fazer com ele”, brada em espanhol a loirinha de voz firme, enquanto se movimenta com graça no palco do Fórum da Liberdade, ornado com os logotipos dos patrocinadores oficiais – Souza Cruz, Gerdau, Ipiranga e RBS (afiliada da Rede Globo). O auditório de 2 mil lugares da PUC-RS, em Porto Alegre, completamente lotado, explode em risos e aplausos para a guatemalteca Gloria Álvarez, 30 anos, filha de pai cubano e mãe descendente de húngaros.
Gloria ou @crazyglorita (55 mil seguidores no Twitter e 120 mil em sua fanpage do Facebook) ascendeu ao estrelato entre a juventude de direita latino-americana no final do ano passado, quando um vídeo em que ataca o “populismo” na América Latina durante o Parlamento Iberoamericano da Juventude em Zaragoza (Espanha) viralizou na internet. No principal fórum da direita brasileira, Gloria e o ex-governador republicano da Carolina do Sul David Bensley são os únicos entre os 22 palestrantes, brasileiros e estrangeiros, escalados para os keynote – palestras-chave que norteiam os debates nos três dias do evento, batizado de “Caminhos da Liberdade”.

Radialista há dez anos, hoje com um programa na TV, Gloria é uma show-woman cativante. Conduz com desenvoltura a plateia formada majoritariamente por estudantes da PUC gaúcha, uma das melhores e mais caras universidades do Sul do país. “Quem aqui se declara liberal ou libertarista que levante a mão?”, pede ao público, que responde com mãos erguidas. “Ah, ok”, relaxa. Sua missão é ensinar a seus pares ideológicos como “seduzir e enamorar os públicos de esquerda” e vencer “os barbudos de boina de Che”, explica a jovem líder do Movimiento Cívico Nacional (MCN), uma pequena organização que surgiu em 2009 na Guatemala na esteira dos movimentos que pediam – sem êxito – o impeachment do presidente social-democrata Álvaro Colom.

A primeira lição é utilizar nas redes sociais o hashtag criado por ela, “república x populismo”, para superar “a divisão obsoleta entre direita e esquerda”. “Um esquerdista intelectualmente honesto tem de reconhecer que a única saída é o emprego, e um direitista do século 21, que já se modernizou, tem de reconhecer que a sexualidade, a moral, as drogas são um problema de cada um; ele não é a autoridade moral do universo”, continua, sob uma chuva de aplausos. Nada de culpa, nem moral nem social, ensina. A mensagem é liberdade individual, “empoderamento” da juventude, impostos baixos, Estado mínimo – a plataforma da direita liberal (em termos econômicos) no mundo todo: “A riqueza não se transfere, senhores, a riqueza se cria a partir da cabecinha de cada um de vocês”, diz. Da mesma maneira, Gloria rebate programas sociais de assistência aos mais pobres, política de cotas para mulheres, negros, deficientes e até mesmo a existência de minorias: “Não há minorias, a menor minoria é o indivíduo, e a ele o que melhor serve é a meritocracia”.

“Há uma verdade que todo ser humano deve alcançar para ter paz, se não quiser viver como um hipócrita. Todos nós, 7 bilhões e meio de seres humanos que habitamos este planeta, somos egoístas. É essa a verdade, meus queridos amigos do Brasil, todos somos egoístas. E isso é ruim? É bom? Não, é apenas a realidade”, diz, definitiva. “Há pessoas que não aceitam essa verdade e saem com a maravilhosa ideia: ‘Não! [imita a voz de um homem], eu vou fazer a primeira sociedade não egoísta’. Cuidem-se, brasileiros; cuide-se, América Latina! Esses espertinhos são como Stálin, na União Soviética, como Kim Jong-il, Kim Jong-un, na Coreia do Norte, Fidel Castro, em Cuba, Hugo Chávez, na Venezuela.” E por que “seguimos como carneirinhos” atrás desses “hipócritas”? Porque [faz careta e vozinha de velha] “nos ensinam que é feio ser egoísta e que pensar em nós mesmos é pecado. Quantos de vocês já não viram alguém dizer ‘ah, necessitamos de um homem bom, que não pense só em si”, diz, encurvando-se à medida que fala para em seguida recuperar a postura altiva: “Mira, señores, a menos que seja um marciano, esse homem não existe, nunca existiu, nem existirá jamais”. Aplausos frenéticos.

Mas, explica, os “defensores da liberdade” também tem sua parcela de responsabilidade. Eles não sabem comunicar suas ideias, usar a tecnologia para “empoderar os cidadãos” e “libertar” a América Latina. “Se ficarmos discutindo macroeconomia, PIB etc., vamos perder a batalha. Temos que aprender com os populistas a falar o que as pessoas entendem, fazer com que se identifiquem”, ela diz. “E aqui vou lhes dar outro conselho porque dizem que nós, os liberais, somos malditos exploradores”, ironiza. “Encontrei um maneira muito bonita de definir o conceito de propriedade privada. E com esse conceito de propriedade privada os esquerdistas fazem assim: Ôooooo! [inclina o corpo para trás].” A propriedade privada, diz, é o que acumulamos em toda uma vida, a partir de nossas primeiras propriedades: corpo e mente. O passado, afirma, não é igual para ninguém, esse acúmulo é pessoal. “Isso nos humaniza, dá um coraçãozinho a nós, liberais, tão desgraçados.” Risos. Aplausos.

“Há pessoas que querem o direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia. A ONU agora quer até o direito universal à internet”, desdenha, embora tenha acabado de dizer que a tecnologia é a chave para mudar o mundo. “Imaginem que, nesse auditório, alguns queiram o direito à educação, outros o direito à saúde, outros o direito à moradia. Então, se eu dou a vocês a educação, todos aqui vão pagar por isso, e vocês vão ser VIPs, e eles, cidadãos de segunda categoria. Se eu dou a eles a saúde, todos neste auditório vão pagar pela saúde deles, e eles vão ser VIPs. Se eu dou a esses as moradias, vou ter que tirar de todos vocês para dar moradia a eles, e eles vão ser esses VIPs. Isso não é justiça social, é desigualdade perante a lei”, conclui, novamente sob risos e aplausos.

“Se cada um na América Latina tiver direito à vida, liberdade e propriedade privada, então cada um que vá atrás da educação que queira, da saúde que queira, da casa onde quer morar, sem precisar de super-Chávez, super-Morales, super-Correa”. Ovação. Assobios. Antes de encerrar os 40 minutos de exposição, Gloria convida os presentes a contrapor a visão de mundo que “vitimiza os latino-americanos”, “joga a culpa nos ianques”, mina a “autoestima” e a coragem de assumir riscos que exige o espírito empreendedor. A plateia aplaude de pé.

Leia mais: A direita abraça a rede

Neoliberais e libertaristas

Gloria Álvarez não representa nada exatamente novo. A grande diferença é a linguagem. O MCN (movimento a que ela pertence) recebe “fundos de algumas das maiores empresas da elite empresarial tradicional, conta o jornalista investigativo Martín Rodríguez Pellecer, diretor do site guatemalteco Nómada, parceiro da Pública. “Por fontes próximas, soube que uma das indústrias que os apoiam para campanhas de massa e lobby no Congresso é a Azúcar de Guatemala, um cartel poderosíssimo de treze empresas (a Guatemala é o quarto maior exportador mundial de açúcar) e as usinas guatemaltecas têm, inclusive, investimentos em usinas no Brasil.”

O mesmo pode-se dizer em relação a suas ideias. Apesar do título sedutor, os libertarians – libertaristas em português – “são um segmento minoritário entre as correntes que ganharam influência no pós-guerra em oposição às políticas intervencionistas de inspiração keynesiana”, explica o economista Luiz Carlos Prado, da Universidade Federal no Rio de Janeiro.

A partir da crise do petróleo dos anos 1970, economistas pró-mercado como o austríaco Friedrich Hayek (Prêmio Nobel de 1974), monetaristas da Escola de Chicago de Milton Friedman (Prêmio Nobel de 1976) e os novo-clássicos associados a Robert Lucas (Prêmio Nobel de 1995) passaram a dominar o pensamento econômico global e se tornaram conhecidos do grande público sob um único rótulo: “neoliberal”. Seus conceitos foram trazidos para a América Latina pelo setor mais conservador americano, representado principalmente pelos think tanks ligados a Ronald Reagan, que depois de ter perdido as primárias republicanas em 1968 e 1976, se elegeu presidente em 1980, tendo Friedman como principal conselheiro. Também predominaram no governo de Margaret Thatcher (1979-1991) na Inglaterra. “Os defensores do liberalismo clássico eram também defensores da liberdade política, mas a corrente chamada de ‘neoliberal’ defendia essencialmente a não intervenção do Estado na economia sem uma preocupação particular com a questão da liberdade política, chegando, em alguns casos, a apoiar sem constrangimentos governos ditatoriais como o de Pinochet no Chile”, observa Luiz Carlos Prado.

A Guatemala de Gloria Álvarez é um bom exemplo de como as ideias libertarians se traduziram na América Latina. Em 1971,“uma parte muito representativa da elite econômica guatemalteca assumiu como projeto político o libertarismo de direita, quando fundou a Universidade Francisco Marroquín (UFM)”, conta o jornalista Martín Rodríguez Pellecer. “O fundador da universidade, Manuel Ayau, conhecido como El Muso, em alusão a Mussolini, se uniu ao projeto fascista anticomunista da MLN. Desde então, a UFM vem formando quadros políticos e acadêmicos para desacreditar o Estado e a justiça social e converter a Guatemala no país que arrecada menos impostos na América Latina (11% em relação ao PIB) e o que menos redistribui”, explica. Foi nessa universidade que Gloria estudou e “se converteu em uma libertarista um tanto menos conservadora que seus professores, uma mistura de neoliberais e Opus Dei. Álvarez se declara ateia e a favor do aborto e, embora tenha se tornado uma estrela da direita latino-americana, na Guatemala é uma referência menor para a direita, não tem base política nem vai ser candidata. Eu a vejo mais como uma enfant terrible libertarista”, diz Martín.

Os libertarians ressurgiram com força nos Estados Unidos depois da crise de 2008 – e ao clamor subsequente pela regulamentação do mercado – e em decorrência da ascensão do democrata Barack Obama ao poder. Pregam a predominância do indivíduo sobre o Estado, a liberdade absoluta do mercado, a defesa irrestrita da propriedade privada. Afirmam que a crise econômica que jogou 50 milhões de pessoas na pobreza não se deveu à falta de regulação do mercado financeiro, mas pela proteção do governo a alguns setores da economia. E rejeitam enfaticamente os programas sociais do governo Obama. No entanto, uma parte significativa dos libertaristas tem se distanciado do tradicionalismo da direita no campo do comportamento, defendendo posições associadas à esquerda, como a defesa da liberação das drogas e a tolerância aos homossexuais, em nome da liberdade do individual. O senador republicano Rand Paul, pré-candidato à presidência, é um de seus representantes mais conhecidos.

“Os libertarians que estão com os conservadores no Tea Party (a corrente radical de direita no Partido Republicano americano) estão em think tanks como o Cato Institute e compõem a direita pós-moderna, representada, por exemplo, por Cameron, na Inglaterra, que modernizou a agenda da redução do estado do bem-estar social”, resume o professor. Ele acha graça quando falo emlibertarians brasileiros, seguidores da escola austríaca de economia de Ludwig von Mises e Friedrich Hayek. “A escola austríaca é uma corrente muito minoritária mesmo na academia”, diz. “Quem são esses libertarians? O que temos no Brasil são economistas sofisticados que seguem correntes como a dos novo-clássicos do prêmio Nobel Robert Lucas e outras similares, políticos de direita pouco elaborados como o Ronaldo Caiado (senador do DEM-GO) e essa classe média conservadora que lê Rodrigo Constantino na Veja”, resume.

Caiado e Constantino são participantes veteranos do Fórum da Liberdade em Porto Alegre. A novidade é que os libertarians do Tea Party mostraram-se enfim capazes de se apresentar como a face convidativa da direita para a juventude brasileira.

Vem pra rua, ciudadano

Na véspera do Fórum, no dia 12 de abril, Gloria Álvarez discursou contra o “populismo maldito” vestida com uma camiseta de lantejoulas formando a bandeira do Brasil para cerca de 100 mil pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, na segunda rodada de manifestações “Fora Dilma”. Do alto do caminhão do Vem pra Rua, o líder do movimento, Rogério Chequer, a apresentou à multidão como “uma das maiores representantes da batalha contra o populismo do Foro de São Paulo” e se manteve o tempo todo ao seu lado (veja o vídeo com o discurso de Gloria na Paulistaaqui). Gloria, que havia anunciado antecipadamente sua presença nos protestos em uma entrevista no programa de Danilo Gentili no SBT, tinha dado uma palestra no Instituto Fernando Henrique Cardoso, assistida pelo próprio ex-presidente, três dias antes.

Entre os que lideraram os protestos de março e abril contra o governo, o movimento de Chequer foi um dos últimos a assumir a bandeira do impeachment, o que lhe valeu um pito público do vetusto Olavo de Carvalho, que o acusou de “paumolice tucana”. O Movimento Brasil Livre, conhecido principalmente através da figura de Kim Kataguiri, assumiu desde o início a bandeira do impeachment e rompeu publicamente com Chequer, divulgando fotos dele ao lado do senador José Serra (PSDB-SP) na campanha de Aécio Neves – tachado de “traidor” pela hesitação em pedir o impeachment da presidente eleita. Voltaram às boas depois que a comissão de senadores liderada por Aécio e Ronaldo Caiado (DEM-GO) fez sua controversa expedição a Caracas.

Caiado, aliás, estava no debate de abertura da edição do Fórum deste ano. Sem a graça irreverente de Glorita, o senador ruralista conservador arrancou aplausos da plateia com frases de efeito contra a corrupção do governo (veja aqui o vídeo com sua apresentação), menções ao “Foro de São Paulo”, pedido de “renúncia” à presidente Dilma e ataques ao BNDES. Curiosamente, as acusações de Caiado foram feitas sob os logotipos da Gerdau e Ipiranga – do grupo Ultra –, que estão entre os maiores tomadores de empréstimos do BNDES segundo os dados levantados pela Folha de S.Paulo. Ambos obtiveram individualmente mais de R$ 1 bilhão de recursos do banco apenas entre 2008 e 2010.

O empresário gaúcho Jorge Gerdau é um dos idealizadores do Fórum da Liberdade, que surgiu em 1988 com a intenção de promover o debate entre diversas correntes de pensamento. Em suas primeiras edições, o Fórum incluiu o ex-presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu e o falecido ex-governador Leonel Brizola entre os debatedores, sem prejudicar sua identidade como principal fórum conservador do país.

Foi ali que, em 2006, foi lançado oficialmente o principal think tank da direita no Brasil, o Instituto Millenium. Armínio Fraga (escolhido para ser ministro da Fazenda de Aécio Neves se ele vencesse as eleições) é sua figura mais conhecida no campo econômico. Seus mantenedores são a Gerdau, a editora Abril e a Pottencial Seguradora, uma das empresas de Salim Mattar, dono da locadora de veículos Localiza. A Suzano, o Bank of America Merrill Lynch e o grupo Évora (dos irmãos Ling) também são parceiros. William Ling participou da fundação do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) em 1984, que, formado por jovens líderes empresariais, organiza o Fórum desde a primeira edição; seu irmão, Wiston Ling, é fundador do Instituto Liberdade do Rio Grande do Sul; o filho, Anthony Ling, é ligado ao grupo Estudantes pela Liberdade, que criou o MBL. O empresário do grupo Ultra, Hélio Beltrão, também está entre os fundadores do Millenium, embora tenha o próprio instituto, o Mises Brasil.

A rede de think tanks liberais e libertaristas no Brasil se completa com mais duas entidades: o Instituto Ordem Livre – que realiza seminários para a juventude – e o Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista, do Rio de Janeiro, ligado ao Opus Dei. O jurista Ives Gandra, autor do controverso parecer sobre a existência de base jurídica para o impeachment da presidente Dilma, faz parte de seu conselho.

A exemplo do Millenium, a grande maioria desses institutos foi criada recentemente. A semente original foi o Instituto Liberal, criado em 1983 pelo engenheiro civil carioca Donald Stewart Jr., falecido em 1999. De acordo com a tese de doutorado do historiador Pedro Henrique Pedreira Campos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), “A ditadura dos empreiteiros (1964-1985)”, a Ecisa (Engenharia Comércio e Indústria S.A.), empresa de Stewart Jr., foi uma das maiores empreiteiras durante a ditadura militar e Stewart Jr. se associou à construtora norte-americana Leo A. Daly para construir escolas no Nordeste para a

Sudene. A participação de companhias dos EUA nas obras era exigência dos financiamentos da Usaid – a agência de desenvolvimento americana que funcionava como braço da CIA durante as ditaduras latino-americanas.

Donald Stewart Jr. também era um velho amigo de um personagem crucial nessa história, o argentino radicado nos Estados Unidos Alejandro Chafuen, 61 anos, ambos membros da seleta Mont Pelèrin Society, fundada pelo próprio Hayek em 1947 na Suíça e sediada nos Estados Unidos, que reúne os mais fiéislibertarians. El Muso, o fundador da universidade onde estudou Gloria Álvarez, foi o primeiro latino-americano a presidir a Mont Pelèrin, e seu atual reitor, Gabriel Calzada, participa da diretoria com a brasileira Margaret Tsé, CEO do Instituto da Liberdade, o suporte ideológico do IEE. O atual presidente da Mont Pelèrin Society é o espanhol Pedro Schwartz Girón, semeador de think tanks vinculados à FAES, a fundação do Partido Popular (PP) presidida por José María Aznar, que promoveu o Parlamento Iberoamericano da Juventude, de onde Gloria Álvarez foi catapultada para a fama. Pedro Schwartz, Alejandro Chafuen e o colombiano Plinio Apuleyo Mendoza, coautor do livro Manual do perfeito idiota latino-americano, um hit da juventude de direita, participaram do painel “América Latina”, no Fórum da Liberdade. Chafuen também participou discretamente dos protestos de 12 de abril em Porto Alegre. Não resistiu, porém, a postar em seu Facebook uma foto em que aparece vestido com a camisa da CBF abraçado ao jovem cientista político Fábio Ostermann, da coordenação do Movimento Brasil Livre – nome que assumiu nas ruas o grupo Estudantes pela Liberdade (EPL).




Alejandro Chafuen, da Atlas, com Fábio Ostermann do MBL na manifestação em Porto Alegre. Foto: Reprodução/Facebook

O gaúcho Ostermann, o mineiro Juliano Torres e o gaúcho Anthony Ling são fundadores do EPL, a versão local do Students for Liberty, uma organização-chave na articulação entre os think tanks conservadores americanos – especialmente os que se definem como libertários – e a juventude “antipopulista” da América Latina. Mr. Chafuen, presidente da Atlas Network desde 1991, é o seu mentor.

A Atlas Network (nome fantasia da Atlas Economic Research Foundation desde 2013) é uma espécie demetathink tank, especializada em fomentar a criação de outras organizações libertaristas no mundo, com recursos obtidos com fundações parceiras nos Estados Unidos e/ou canalizados dos think tanks empresariais locais para a formação de jovens líderes, principalmente na América Latina e Europa oriental. De acordo com o formulário 990, que todas as organizações filantrópicas tem de entregar ao IRS (Receita nos EUA), a receita da Atlas em 2013 foi de US$ 11,459 milhões. Os recursos destinados para atividades fora dos Estados Unidos foram de US$ 6,1 milhões: dos quais US$ 2,8 milhões para a América Central e US$ 595 mil para a América do Sul.

Com exceção do Instituto Fernando Henrique Cardoso, todas as organizações citadas até agora compõem a rede da Atlas Network no Brasil, incluindo o MCN de Gloria Álvarez, a Universidade Francisco Marroquín e o Estudantes pela Liberdade, uma organização que nasceu dentro da Atlas em 2012. Como veremos, além dos recursos citados há projetos bem mais vultosos financiados por outras fundações e executados pela Atlas.

O discreto charme de Mr. Chafuen

Sentado na sala VIP do Fórum da Liberdade, Mr. Chafuen se levantou de um salto para cumprimentar Kim Kataguiri, que apareceu “de surpresa” no Fórum da Liberdade. A alegria indisfarçável desse senhor recatado, um libertarian ligado ao Opus Dei, foi a deixa para pedir a entrevista. Os trechos principais estão transcritos aqui.

Como o senhor se aproximou do Brasil?
Comecei a trabalhar com os amigos da Liberdade brasileiros em 1998, com Donald Stewart, e eu sempre me lembro da solidão que ele sentia na batalha pela liberdade. Chegar em Porto Alegre no mesmo dia da manifestação e ver todo esse povo, nem todos libertarians, mas pessoas de diversas camadas da sociedade brasileira, reivindicando coisas que são muito consistentes com a essência da sociedade livre, me fez lembrar esses pioneiros. Porque, sim, era tanta gente na rua, tantas almas, que fiquei agradavelmente surpreso me perguntando o que virá depois, como nós podemos usar esse entusiasmo de tantos jovens para produzir uma mudança mais duradoura no Brasil.

E que mudança seria essa?
Vindo de fora é difícil dizer, não é fácil dizer o que fazer, isso é específico de cada país. Veja a Espanha hoje, em que os partidos perderam terreno para os novos movimentos como Podemos, de esquerda, ou seu oposto na Catalunha, o Ciudadanos. Nos Estados Unidos, por exemplo, temos o Tea Party, um movimento espontâneo que, em vez de fundar um partido, preferiu se tornar uma tendência dentro de um partido, e agora todos, com exceção de um dos principais candidatos presidenciais republicanos, se identificam com o Tea Party e buscam apoio no movimento. Rand Paul, Marco Rubio, Ted Cruz, todos vêm do Tea Party e são quase oposição aos republicanos tradicionais. Então, essa não é uma resposta que um estrangeiro possa dar, ainda mais no Brasil, que é um mundo em si mesmo, com tantas culturas diferentes. Nós damos algumas ideias, mas cabe a eles, os que vi na rua, os jovens e os não tão jovens, captar mais gente da sociedade civil para criar essa institucionalização.

Comento com ele que nos eventos do Fórum se fala muito em falta de liberdade – sem base na realidade – e se compara o país com a Venezuela.
Sim, aqui a situação é bem diferente da Venezuela, mas vocês têm que se prevenir. Não é assim, de um dia para outro, que a perda da liberdade acontece. A Venezuela era um dos países mais prósperos e veja o que aconteceu. O populismo na América Latina enfraquece as instituições. Eles deixam os empresários se sentirem livres para investir por algum tempo, deixam a liberdade de expressão, até que mais cedo ou mais tarde viram o jogo. As primeiras nacionalizações e expropriações que o Chávez fez foram vários anos depois de ele tomar o poder. Sim, aqui vocês têm uma liberdade considerável. Mas tem uma coisa que perverte a liberdade, que é o não cumprimento da lei, o privilégio, a corrupção, o capitalismo só para os amigos. É uma falsa liberdade. É como pôr a raposa no galinheiro e dizer às galinhas: vocês estão livres agora. Daí começam os problemas [denúncias de propina], os empresários são obrigados a entrar no jogo, e eles que pagam o pato. É preciso dois para dançar um tango, como se diz na Argentina.

E os meninos do Movimento Brasil Livre têm forças para promover uma mudança social?
Eu desenvolvi um modelo para explicar como as coisas acontecem, e ele tem quatro elementos: primeiro, ideias, já que os seres humanos pensamos antes de agir ou pelo menos deveríamos; segundo, motivação: economia é motivação; o terceiro é ação, porque ideias sem ação são apenas ideias; e o quarto é a Providência ou, dependendo do que você acredita, sorte. Então, você começa a trabalhar com ideias, alguns líderes emergem, as leis mudam e isso afeta a motivação da sociedade… A mudança típica não vem de um dia para outro. Essa pressão vai se acumulando e de repente alguma coisa acontece. E aqui vem um escândalo, outro escândalo, uma revista com coragem, uns jovens de São Paulo [Kim Kataguiri e Renan Haas, do MBL, anunciaram recentemente a decisão de sair da universidade para se dedicar ao movimento] que decidem: “Vou deixar a universidade e lutar contra isso”. E esse movimento está aí nas ruas. É uma combinação de fatores que temos visto em outras épocas na história. O senhor William Waack [jornalista da Rede Globo], que recebeu um prêmio aqui, disse para nós, em um almoço antes da abertura do Fórum, que o único momento que ele viveu que se comparava a isso foi quando cobriu a queda do Muro de Berlim. Exagerou um pouco, mas não se sabe ainda o que vai ser desse movimento.Depois da primeira manifestação, em março deste ano, a Atlas publicou uma matéria em seu site comemorando o papel decisivo dos Estudantes pela Liberdade, parceiro da Atlas, nos protestos brasileiros contra a presidente Dilma Rousseff e o PT. O senhor se sente responsável por esse movimento?

Nosso papel [em relação aos Estudantes pela Liberdade] é o do poder da nutrição. Esses seres humanos, nós o chamamos de empreendedores intelectuais, pessoas com novas ideias, que enxergam soluções e decidem investir seu capital nisso. É como nos negócios. Então, damos a eles programas de treinamento, tentamos apoiá-los financeiramente, encorajá-los a ser muito sérios, não muito festeiros. Mas a Atlas não apoia partidos. Nós retiramos nosso apoio se houver intenção partidária. Não aceitamos nenhum recurso do governo, mas podemos oferecer algumas diretrizes, novas ideias sobre a sociedade livre, do liberalismo clássico ao libertarismo, de religiosos a ateus, mas cabe a cada pessoa escolher. Muitos na nossa organização achamos muito negativo ter uma aproximação de cima para baixo. Nós tentamos encorajá-los, facilitar os encontros entre eles. Agora, por exemplo, em todos os lugares do mundo, eles devem estar se perguntando: “Podemos copiar os brasileiros?”. Então comemoramos, mas temos que ser muito cuidadosos para não ficar com os créditos do resultado, do que acontece localmente.

Na Venezuela, o Cedice Libertad, que é uma organização parceira da Atlas, e o Cato Institute, que financia programas da Atlas para estudantes, foram acusados pelo governo Chávez de fomentar a oposição entre os estudantes, associadas a empresários locais.
Eu sou vice-presidente do Cedice, e a verdade é que não. Em algumas vezes, alguns membros do Cedice podem ter tido alguma participação política. Mas uma coisa é a vida política, a pólis, outra coisa é trabalhar somente com um partido político. Hoje em dia, nós temos trabalhado e recebido no Cedice Leopoldo López [que está preso] com seu partido da Internacional Socialista, [ex-deputada] María Corina Machado, Antonio Ledezma [prefeito de Caracas detido em março por tentativa de golpe de Estado, segundo o governo]. A resposta é: não podemos abandonar a luta pela liberdade, e algumas pessoas vão para a política. Mas a Atlas não se mete em política interna. “The battle is not between left and right but between right and wrong.” E agora a senhora me dê licença porque tenho que me preparar para a minha palestra [e se levanta].

Uma última pergunta, por favor, só para não fomentar boatos. A ligação das fundações Koch com o Students for Liberty através de financiamento direto e através de outras fundações associadas aos irmãos Koch tem despertado suspeita, já que os Koch são donos de indústrias petroleiras que poderiam ter interesses aqui.
A Atlas recebe 0,5% de financiamento dos Koch, a Students for Liberty, não sei. Até logo.

Students For Liberty e o Movimento Brasil Livre

Juliano Torres, o diretor executivo do Estudantes pela Liberdade (EPL), foi mais claro sobre a ligação entre o EPL e o Movimento Brasil Livre (MBL), uma marca criada pelo EPL para participar das manifestações de rua sem comprometer as organizações americanas que são impedidas de doar recursos para ativistas políticos pela legislação da receita americana (IRS). “Quando teve os protestos em 2013 pelo Passe Livre, vários membros do Estudantes pela Liberdade queriam participar, só que, como a gente recebe recursos de organizações como a Atlas e a Students for Liberty, por uma questão de imposto de renda lá, eles não podem desenvolver atividades políticas. Então a gente falou: ‘Os membros do EPL podem participar como pessoas físicas, mas não como organização para evitar problemas. Aí a gente resolveu criar uma marca, não era uma organização, era só uma marca para a gente se vender nas manifestações como Movimento Brasil Livre. Então juntou eu, Fábio [Ostermann], juntou o Felipe França, que é de Recife e São Paulo, mais umas quatro, cinco pessoas, criamos o logo, a campanha de Facebook. E aí acabaram as manifestações, acabou o projeto. E a gente estava procurando alguém para assumir, já tinha mais de 10 mil likes na página, panfletos. E aí a gente encontrou o Kim [Kataguiri] e o Renan [Haas], que afinal deram uma guinada incrível no movimento com as passeatas contra a Dilma e coisas do tipo. Inclusive, o Kim é membro da EPL, então ele foi treinado pela EPL também. E boa parte dos organizadores locais são membros do EPL. Eles atuam como integrantes do Movimento Brasil Livre, mas foram treinados pela gente, em cursos de liderança. O Kim, inclusive, vai participar agora de um torneio de pôquer filantrópico que o Students For Liberty organiza em Nova York para arrecadar recursos. Ele vai ser um palestrante. E também na conferência internacional em fevereiro, ele vai ser palestrante”, disse em entrevista por telefone na sexta-feira passada.

Remunerado por seu cargo na EPL, Juliano conta que tem duas reuniões online por semana com a sede americana e que ele e outros brasileiros participam anualmente de uma conferência internacional, com as despesas pagas, e de um encontro de lideranças em Washington. O budget do Estudantes pela Liberdade no Brasil deve alcançar R$ 300 mil este ano. “No primeiro ano, a gente teve mais ou menos R$ 8 mil, o segundo foi para R$ 20 e poucos mil, de 2014 para 2015 cresceu bastante. A gente recebe de outras organizações externas também, como a Atlas. A Atlas, junto com a Students for Liberty, são nossos principais doadores. No Brasil, as principais organizações doadoras são a Friederich Naumann, que é uma organização alemã, que não são autorizados a doar dinheiro, mas pagam despesas para a gente. Então houve um encontro no Sul e no Sudeste, em Porto Alegre e Belo Horizonte. Eles alugaram o hotel, a hospedagem, pagaram a sala do evento, o almoço e o jantar. E tem alguns doadores individuais que fazem doação para a gente.”

A fundação da EPL no Brasil veio depois de Juliano ter participado de um seminário de verão para trinta estudantes patrocinado pela Atlas em Petrópolis, em 2012. “Ali mesmo a gente fez um rascunho, um planejamento e daí, depois, a gente entrou em contato com a Students for Liberty para oficialmente fazer parte da rede”, diz.

Depois disso, ele passou por quase todo tipo de treinamento na Atlas. “Tem um que eles chamam de MBA, tem um treinamento em Nova York também, treinamentos online. A gente recomenda para todas as pessoas que trabalham em posições de mais responsabilidade que passem pelos treinamentos da Atlas também.”

Os resultados obtidos pelos brasileiros têm impressionado a sede nos Estados Unidos. “Em 2004, 2005 tinha uma dez pessoas no Brasil que se identificavam com o movimento libertário. Hoje, dentro da rede global do Students for Liberty, os resultados que a gente tem são muito bons. Uma das maneiras de medir o desempenho das regiões é o número de coordenadores locais. Em todas as regiões, contando a América do Norte, a África, a Europa, a gente tem mais coordenadores que qualquer região separadamente. Nos Estados Unidos, a organização existe há oito anos; na Europa, há quatro; aqui, há três anos. Então, a gente está tendo mais resultado em muito pouco tempo que acaba traduzindo em maior influência na organização.”

Há dois brasileiros no International Board do Students for Liberty (entre dez membros), e o relatório deste ano dedica uma página especialmente às manifestações do MBL no Brasil. A brasileira Elisa Martins, formada em Economia na Universidade de Santa Maria (RS), é a responsável pelos programas internacionais de bolsas de estudo e treinamento de lideranças jovens na Atlas Network.

Os programas são realizados em parceria com outras fundações, principalmente o Cato Institute, a Charles G. Koch Charitable Foundation e o Institute of Human Studies – fundações ligadas à família Koch, uma das mais ricas do mundo. Juntas, as 11 fundações dos Koch despejaram 800 milhões de dólares nas duas últimas décadas na rede americana de fundações conservadoras. Outra parceira importante é a John Templeton Foundation, de outro bilionário americano. Essas fundações têm orçamentos bem maiores do que a Atlas e desenvolvem programas de fellowships em que entram com recursos e a Atlas, com a execução. Um exemplo desses projetos é o financiamento da expansão da Rede Students for Liberty com recursos da John Templeton, fechado em 2014 com mais de US$ 1 milhão de orçamento.







Por isso, embora apareça em terceiro lugar entre as financiadoras do Students for Liberty, a Atlas levanta um volume bem maior de recursos para a organização através de suas parceiras. Todos os maiores doadores do Students for Liberty também são doadores da Atlas. Nem sempre é possível saber a origem do dinheiro, apesar da obrigação legal de publicar os formulários 990 – entregues ao IRS (Receita). As fundações conservadoras americanas escoam dinheiro por uma grande multiplicidade de canais, o que torna impossível, ao final, saber qual a origem inicial do dinheiro que chega a cada um dos receptores.

Além disso, preocupadas com a vigilância que exercem sobre elas projetos como o Transparency Conservative e órgãos de imprensa, que já revelaram uma série de escândalos envolvendo o uso desses recursos para lobbies no Congresso e nos governos estaduais, bem como para causas controversas como anegação do aquecimento global, em 1999 as fundações criaram dois fundos de investimento filantrópico – Donors Trust e Donors Capital Management – que dispensam os doadores de ter o nome exposto em formulários 990. O Donors Trust é o maior doador do Donors Capital Management (e vice-versa). Como se vê no quadro, o primeiro está entre os maiores doadores da Atlas, e o segundo é o maior doador do Students for Liberty. As fundações Koch são as maiores suspeitas de despejar dinheiro nesses fundos.

O relatório 2014-2015 da Students for Liberty mostra uma arrecadação de fundos impressionante: US$ 3,1 milhões comparados a apenas US$ 35,768 mil dólares obtidos em 2008, quando a organização foi fundada. Desses, US$ 1,7 milhão veio de fundações, segundo o relatório que não detalha o volume doado por cada instituição. O Charles Koch Institute consta no relatório da Students for Liberty, mas, segundo o formulário, doa bolsas apenas para estudantes americanos, enquanto a Charles Koch Foundation, que doa bolsas para estudantes em uma série de fundações, não é citada no relatório. O Institute of Human Studies (IHS) – outra fundação da família Koch – é um dos principais responsáveis pelos programas de Fellowship para estudantes. Só em 2012 foram distribuídos 900 mil dólares em doações de acordo com o formulário entregue ao IRS.

A Atlas é uma das principais parceiras do IHS. O currículo de Fábio Ostermann, por exemplo, coordenador do MBL, diz que ele foi Koch Summer Fellow na Atlas Economic Research Foundation. Ostermann é assessor do deputado Marcel van Hattem (PP-RS), apontado por Kim Kataguiri como o único político a abraçar totalmente as convicções do MBL. O jovem deputado, que foi eleito com doações da Gerdau e do grupo Évora – do pai de Anthony Ling, fundador do EPL –, também participou de cursos na Acton Institute University, a mais religiosa das fundações libertaristas que compõem a rede de fellowship da Atlas e da Koch Foundation. Entre os seus princípios consta o “pecado”, por exemplo, relacionado de maneira singular com a necessidade de reduzir o Estado.

A festa do mate

O Fórum da Liberdade, afinal, se encerrou como as manifestações de rua que o antecederam: aos gritos de “Fora Dilma”, “Fora PT”. O deputado Marcel van Hattem fez uma apresentação exaltada, depois de ter agradecido ao fórum o cargo – “Se eu sou deputado hoje, devo também ao Fórum da Liberdade” – e fez uma interessante distinção entre as manifestações de 2013 – pluripartidária e desorganizada – e as deste ano – “quando tínhamos pauta”.


O programa foi modificado com a chegada de Kim Kataguiri, que não constava como palestrante. Foi abraçado pelos patrocinadores, como Jorge Gerdau e Hélio Beltrão, posou para fotos com diversos fãs e, com o amigo Bene Barbosa, que lançava um livro pela liberação das armas de fogo para qualquer cidadão, foi para o auditório, novamente lotado de estudantes.

Sentadinho no sofá, Kim esperou Van Hattem desfiar as acusações de praxe – contra o Foro de São Paulo, o poder totalitário do PT e “o maior escândalo de corrupção do universo” –, arrancando aplausos a cada frase de efeito. Também despertou entusiasmo mostrando sua identificação com a plateia: “A vanguarda, hoje, não é esquerdista, é liberal. O jovem bem informado vai para as ruas e pede menos Marx, mais Mises. Curte Hayek, não Lênin. Levanta cartazes hashtag ‘Olavo tem razão’”.

Então, Van Hattem saiu do púlpito e, caminhando pelo palco, foi em direção a Kim. “O próximo passo depende de vocês, mas é difícil. O sistema brasileiro é refratário a novas ideias. Hoje mesmo, Kim, o deputado comunista Juliano Roso te chamou de fascista”, disse. E por fim: “Eu só quero concluir dizendo aquilo que as ruas estão dizendo: ‘Fora PT’. Aplausos, gritos. A plateia canta em coro: “Olê, olê, olê, olê, estamos na rua só pra derrubar o PT”.

Foi a deixa para a entrada de Kim. De tênis, andando pelo palco, Kim conclamou “os institutos liberais “a sair da nossa bolha liberal, da nossa bolha libertária, da nossa bolha conservadora e tomar o país.” E afirmou: “Chegou a hora da gente tirar o monopólio da esquerda da juventude. A gente tem que acabar com essa imagem de que quem defende o livre mercado é aquele tiozão de coturno que defende o regime militar. A oposição é a gente. A gente quer privatizar a Petrobras. A gente quer o Estado mínimo. Brasília não vai pautar o povo. É o povo que vai pautar Brasília”.




O “herói” do Fórum , Kim Kataguiri, encontra o patrocinador da festa, Jorge Gerdau. Foto: Fernando Conrado

Três dias depois do Fórum, Kim Kataguiri partia para sua Marcha pela Liberdade em direção a Brasília, com minguada adesão, enquanto Gloria Álvarez empreendia um périplo que a levaria da Argentina a Venezuela noticiado efusivamente em suas redes sociais. Na Argentina, passou por Buenos Aires e pela cidade de Azul, convidada pela Sociedade Rural de Argentina. Em Tucumán, suas palestras na Universidade Nacional foram organizadas pela Fundación Federalismo y Libertad, que tem em seu conselho internacional a Atlas Foundation, a Heritage Foundation, Cato Institute, o Hispanic American Center for Economic Research, o CEDICE Libertad (Venezuela) e o Instituto Ecuatoriano de Economía Política (Equador).

Todas essas organizações fazem parte da Atlas Network, assim como as outras fundações que encomendaram o passeio de Glorita: Estudiantes pela Libertad (Bolívia e do Equador), o Cedice, na Venezuela, e a Fundación Para El Progresso, no Chile.

O episódio mais interessante de sua viagem, porém, não foi registrado em suas redes sociais, nem mesmo nos jornais do Chile. No dia 23 de abril, ela e a blogueira cubana Yaoni Sanchez, encontraram-se com o ex-presidente conservador Sebastián Piñera depois de terem realizado palestras na Universidade Adolfo Ibañez em Viña del Mar.

O encontro com o ex-presidente – que também é a única foto em que aparecem juntas – foi noticiado pelo twitter do economista Cristián Larroulet, ex-ministro de Piñera com a legenda “O Presidente Piñera com Yoani Sánchez e Gloria Álvarez, dois exemplos de mulheres latino-americanas que lutam pela liberdade”. Larroulet, é fundador do think tank Libertad y Desarrollo, obviamente parceiro da Atlas Network.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

A cultura do ódio na internet e fora dela Juremir Machado



Postado por Juremir em 21 de maio de 2015 - Uncategorized


A deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) organizou uma mesa na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul sobre ódio na internet.
Intitulou o evento HumanizaRede.
Convidou jornalistas: eu, Moisés Mendes (Zero Hora) e Luciano Potter (Rádio Gaúcha).
O chefe de gabinete do Ministro de Estado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Roberto Nascimento, nem chegou a falar.
Participou também o deputado Jorge Pozzobom (PSDB).
Manuela é vítima constante de ódio na rede.
Já teve “ativista virtual” desejando que seu bebê secasse na barriga dela.
Assim mesmo.
Jorge Pozzobom é outro que não escapa da barbárie virtual.
Um psicopata perguntou quem ele mataria primeiro, a filha ou o seu cachorro.
Na mesa, todos se manifestaram contra o ódio na internet.
Quando Potter estava falando, um homem o interrompeu. Segundo ele, faltava contraponto na mesa.
Ficamos perplexos. Deveria ter alguém na mesa que fosse a favor do ódio na internet?
O tempo fechou.
Um grupo, visivelmente organizado, começou a boicotar o evento.
Gritavam palavras de ordem do tipo “verde amarelo sem foice nem martelo”.
Algo assim.
Era uma armação para esculhambar a mesa organizada por Manuela.
Um sujeito, de boné do MST, berrava:
– Reaça tem que morrer.
Segundo Gregório Grisa, presente ao evento, era mais um infiltrado para melar a discussão. No facebook, Grisa contou o que ouviu: “Ao fim desci as escadas casualmente atrás deles, eram umas 15 pessoas, o jovem com boné do MST estava junto com o grupo nitidamente antiesquerdista. Quando chegamos no térreo eu o ouvi comentar:
- essa do boné sempre da certo, todos saem achando que sou do MST.”
Consta que a tropa de choque que boicotou e levou à interrupção do evento teria sido enviada por um deputado de direita.
Um novo inimigo de Manuela.
O ódio na internet é uma evidência.
No twitter, comentando esse rolo, um cara escreveu: “Passa mais hipoglós no seu rabo que tá pouco, seu subnitrato de bosta!!”
Leonardo Sakamoto, blogueiro da Folha de S. Paulo, e eu, sem qualquer contato, paramos de liberar comentários em nossos blogues.
Por quê?
Simples. Cansaço com ameaças, perseguições, calúnias e bullying.
Como ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, também não somos obrigados a trabalhar contra nós mesmos.
Sou totalmente a favor de que falem mal de mim. De preferência, milhares de vezes por dia. Colaboro para isso. Escrevo. Com isso, alimento quem queira me combater. Mas não tenho mais disposição para fazer moderação de insultos sistemáticos.
Censura é uma política de Estado pela qual se fica impedido de publicar em qualquer lugar.
Não há isso no Brasil.
O resto é opção.
Sugiro a criação de blogues contra mim. Dezenas, milhares, milhões.
Por que alguns não fazem isso? Porque ninguém os leria.
Querem carona para aparecer.
Não dou mais carona.
Cansei da Síndrome de Estocolmo. Não trabalho para meu sequestrador. Não colaboro com o estuprador. Não sirvo ao amo.
A chantagem da internet é essa: a vítima, para não ser censor, teria de trabalhar para o seu algoz.
Não contem comigo.
O evento interrompido da deputada Manuela mostrou, em tempo real, a cara horrenda da extrema-direita.
Curiosamente com discursos contra o politicamente correto e em nome da liberdade de expressão.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Usando as mídias à disposição.


Impedido de fazer algumas coisas no Facebook, uso o Blog.
Mas não tem nada. Continuamos nossa batalha diária. O feisse que se f@#$&¨*().
Ontem em uma palestra, lembrei de outra em que meu gerente( lembra dela Luiz Carlos Dalla Rosa​?) da Divisão 3 proferiu nos anos de privatizações dos Governos Britto e FHC. Falou sobre o ideograma chinês da palavra crise. É um ideograma composto de dois outros que representam as palavras Perigo e Oportunidade.
O porquê de ter lembrado? Há um ajustamento de rumo do governo Federal e talvez mais esculhambado do governo Estadual. A mídia querendo atingir o primeiro, fala em crise! A inflação está alta? Está, para os padrões dos governos PT, mas ainda abaixo da média dos governos LULA (9,2%).  Abaixo 1/3 dos governos FHC (12%). Aliás a média da Inflação dos governos Dilma é a a metade daquela do FHC. Mas para mídia é galopante.
Mas ainda não é sobre isso, apesar de importante. Diante da "crise" o que fazem os empresários?
Os empresários brasileiros se encolhem e tentam, via financiamento de movimentos e da Mídia/Políticos, tolher os movimentos econômicos normais do Governo para reencetar o rumo. Só veem o PERIGO! Vergonhosamente se encolhem e tentam via golpe, inviabilizar este governo para que em 2018 não ocorra a recondução de LULA ao cargo maior da Nação.
Indiferente, pois que tem a situação (rédeas) nas mãos, DILMA continua seu trabalho de dotar o Pais de uma infraestrutura moderna de PORTOS, FERROVIAS e ENERGIA capazes de sustentar o desenvolvimento do Brasil.
OPORTUNIDADE! É o que os empresários CHINESES vislumbram, acreditam  e aplicam no Brasil, rios de dinheiro. Começou com a Petrobrás. Quando "todo mundo" crucificava a Estatal, os chineses emprestaram dinheiro para ajudá-la. Alguns bilhões. Na hora de negócios a quem  devemos lealdade? A china precisa muito de petróleo e como sabemos, o Brasil vai passar muita "gente boa" em reservas com o Pré sal. Corre "à boca pequena" que tem petróleo até na costa gaúcha! Não eles não são bonzinhos. Não estão fazendo de graça. É uma troca como deve ser e não um confisco/roubo como normalmente ocorria nos tempos de privatizações. A Ferrovia Transoceânica que ligara os Portos do Atlântico Norte/Nordeste/Sul aos portos do Peru é outro investimento de relevância para os Chineses. Não é de graça, como disse. O Escoamento da safra de soja e o minério de ferro  ficam muito mais baratos com esse "atalho". Sem contar que a Carne está liberada para exportação para os chineses! Com a tecnologia Chinesa em transporte de cargas virá com certeza melhorar a grade de infraestrutura Brasileira.

Os ânimos acirrados da fraca oposição e Mídia irão se acirrar ainda mais nos próximos meses...

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Quando uma postagem vale a pena...
Dia 15 de Abril deste ano santo de 2015 postei este link...
... com este comentário:
O ciclo das águas é imutável. Não se perde, se transforma. Então fico abismado quando gritam que a grande vilã de "consumo" d'água é o agronegócio. A água não se "consome" ela entra e sai dos processos como sempre fez desde os tempos imemoriais sendo apenas usada pelos organismos como veículo. O que há sim, é falta de gerenciamento correto de seu uso. Desde as nossas ações até as ações macros mundiais.
Não  tinha noção de que sairia essa conversa extremamente interessante sobre o assunto. Valeu a pena!
Lenir Wiezbicki, Lucia Berenice da Silva, Pedro Muller Hoff e outras 5 pessoas curtiram isso. Eliane Bartochacki Muito bom mesmo! !!
15 de abril às 10:38 · Curtir
Tahia Sarapo só uma coisinha :ela entra limpa e sai com metais pesados imprestável,com pesticidas(Round Up),agente laranja,etc
15 de abril às 12:29 · Curtir
Joel Bento Carvalho Tahia Sarapo, ao evaporar perde as porcarias. Como falei é problema de gerenciamento. O primeiro passo de proteção das nascentes elide vários problemas. A molécula não se transforma, ela é condutora ou o que em farmácia chamam de qsp
15 de abril às 12:35 · Curtir · 1
Tahia Sarapo obrigada pela aula,às vezes ficamos com a impressão de que o Tietê é uma imensa cloaca que nunca vai ficar em ordem. Há casos de falta de gerenciamento causando câncer (leucemia ) nas pessoas.
15 de abril às 12:42 · Curtir
Joel Bento Carvalho O Tâmisa e um rio na Coreia do Sul o Cheonggyecheon , piores que o Tietê, por muito mais tempo. Foram limpos em muito pouco tempo e por menos do que já foi gasto no rio Paulista. http://meioambiente.culturamix.com/.../rios-que-foram...
Rios que Foram Despoluídos | Meio Ambiente - Cultura Mix
Saiba mais sobre rios que foram despoluídos.
MEIOAMBIENTE.CULTURAMIX.COM
Tahia Sarapo Meu amigo,você tem razão sobre a molécula da água ela não muda e tem tres estados: tudo o que você escreveu está correto ,não vejo como fazer num estado que jogou pelo ralo milhões de dólares e não despoluiu o Tietê. Perguntaria então em quem você confiaria, nos que estão aí desde priscas eras não fizeram nada. Entrando o fator humano tudo se destrói...
15 de abril às 13:01 · Curtir
Joel Bento Carvalho O grande problema dos humanos atuais, é que se comportam como no início da caminhada para a evolução. Ainda somos nesse aspecto, os animais quase irracionais. Senão vejamos. Um macaco pega um ramo de sua comida e a joga sem olhar onde. Ajeita-se  em um galho e defeca e saia de baixo pois pega em qualquer lugar. Não é problema dele, a mãe natureza dá conta direitinho da transformação dos detritos em algo aproveitável.  Éramos assim e assim continuamos. Os nossos dejetos e detritos "não são problemas nossos" e como não são nossos não cobramos devidamente um destino correto de cada um. Terceirizamos o problema para o governo assim como querem fazer com o trabalho, sem cobranças ou controle. Pagamos e não exigimos qualidade do executor. Tive discussões enormes com vereadores e prefeitos aqui da minha paroquinha. Achavam-me um chato. A prefeitura terceiriza para Santa Maria o destino do Lixo num contrato milionário que poderia ser executado, mesmo com todos os óbices, por bem menos no município e rendendo para catadores da cidade.
15 de abril às 13:14 · Curtir · 1
Tahia Sarapo Você tão longe com idéias tão brilhantes e relativamente simples. Vou copiar e ver se alguém lê...

15 de abril às 13:26 · Curtir

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Terceirização, que bicho é esse?

Vamos colocar assim: Os empresários todos - T O D O S - reclamam dos custos de pessoal que no entender deles é exorbitante. Mas sendo custos, não entrará na composição do preço final do produto? Quem paga o preço? Quem compra. Se é quem compra que desembolsa, por que a choradeira? Por que a tentativa de terceirização? Se, como diz o deputado Paulinho da Força,  os terceirizados continuarão com todos os direitos, por que então terceirizar? Os mesmos custos estarão compondo os preços dos produtos. E os consumidores continuarão pagando por eles. A falácia de que os empregados não perderão nada, se desnuda a partir de uma constatação: como ficam os planos de carreira? As decisões administrativas de uma empresa subordinam a outra? Não é o que acontece atualmente e nem  está prevista na regulamentação. Fui terceirizado por duas vezes na empresa que trabalhei. Perderam-se 16 anos de evolução salarial e de quinquênios e anuênios. O salário que era de analista sênior passou para programador iniciante. Na segunda vez ainda foi pior eu era uma empresa fictícia que trabalhava para uma empresa terceirizada da empresa em que trabalhava. Salário ainda menor. Como empresa não teria nem que prestar qualquer satisfação a não ser trabalho executado ou não. Não era o que acontecia. Era funcionário com cartão de ponto  e tudo. Mesmas cobranças, com cartão de ponto e tudo o mais que uma relação de trabalho requer. Sem salário compatível com a função, sem Férias, FGTS, Desconto Semanal Remunerado. Tinha toda a documentação para entrar na Justiça do Trabalho. Não o fiz. Deveria ter feito (são as coisas de que sempre me arrependo: de não ter feito, das coisas que fiz nunca me arrependo, mesmo erradas). Isso não está sendo dito por ninguém. Isso é o que realmente importa: MESMO BAIXANDO OS CUSTOS DE PESSOAL ( e tem um percentual ínfimo na composição dos custos totais  coisa de +- 6% - exemplo balanço patrimonial da Natura de 2008) os preços dos produtos/serviços NÃO IRÃO BAIXAR!  (A caixa alta é para ressaltar e não para gritar).
E aí meus irmãos de infortúnio, é uma tremenda falácia dizer que aumentarão o número de vagas pois que a terceirização não é para isso! Nunca foi. Foi e é usada na área pública para benefício de compadres e como pagam mal, sempre tem problemas de falta de pessoal. Na área privada é para aumentar o lucro dos empresários aumentando a desigualdade de renda.
A redução da massa salarial será sem dúvida um tiro no pé, com menos dinheiro, menos consumo... Isso os empresários não dizem e talvez nem se deem conta. Como está acontecendo nos EUA. Se os recém marginalizados de lá estivessem a pleno no mercado consumidor, o esplendor que exibiam a 30 anos atrás, estaria de volta.

domingo, 29 de março de 2015

As bandeiras (Or the flags).


Meu inglês sempre foi  ruim. Minha intuição sim é melhor. Quando prestei vestibular na Unisinos 1973/74, optei por inglês mesmo sabendo nada. Sei ler e isso me salvou. O texto de que derivaria todas as perguntas mencionava flag. Se a memória não me escapa e nem me atraiçoa, falava da marcação por bandeiras nas comunicações entre navios – claro que nos antigos à vela! Fui deduzindo e consegui responder boa parte das questões.
Já na vida profissional, “os flags” eram marcações em dados que nos interessariam, eram alvos de nossa pesquisa, eram o que os nossos programas deveriam dar atenção, eram os dados que são importantes. Derivavam sim das bandeiras navais.
Sempre levantei a bandeira de que corrupção, sonegação, elisão, elusão e desvios afins, são pura e simplesmente casos para as polícias, órgãos de fiscalização e justiça resolverem. Basta para isso que tenham liberdade para resolverem sem óbices de espécie alguma. Principalmente política. É soltar os cães de guarda, diria eu fantasiando.
É da natureza humana dos humanos de uma escala moral mais baixa – mesmo que numa posição mais alta das castas humanas -  desvios tentando aproveitar-se - via brechas das                   leis, via compadrios, via brechas criadas por sua influência, via compra de participação criminosa – para aumento de vantagens econômicas pessoais ou de grupos de pessoas de sua relação.
Isso é bíblico ( Judas case), isso é religioso ( vide escândalos no vaticano, malas de dinheiro de pastores), é histórico (vide Roma antiga com seus senadores), é brasileiro (vide a nossa história, com os imperadores fazendo vistas grossas para os diversos tipos de desvios para complementar a renda de seus funcionários graduados), isso é continuação de governos nossos coniventes com o que acontecia quando não facilitaram com leis, decretos e afins, o assalto (mudança na forma de contratação da Petrobrás, para trazer um exemplo recente).
Ora, as leis que engessam as licitações públicas foram criadas para isso mesmo: engessar, tornar padrão, tentar coibir desvios, prevenir as ações que as corroem. Mesmo assim, pela ação de pessoas inescrupulosas, tanto corruptores como corrompidos, conseguem agir.  Há que melhorá-las, aperfeiçoá-las e não afrouxá-las. Os mecanismos criados pelos últimos governos estão dando resultados. Estão apertando todos. E os cães de guarda estão soltos.

Então essa bandeira de coibir mal feitos – para usar uma expressão da moda – é minha e de muita gente. Mas essa muita gente toda quer realmente acabar com as falcatruas? Os exemplos de pessoas com problemas iguais ao que querem combater bradando aos quatro ventos “abaixo corrupção”! É lícito? É o que realmente quer ver acontecer ou é seletivo em querer barrar a “corrupção dos outros”? A sua, noves fora, nada? Não falo nem nas corrupçõezinhas  que cada uma pratica das mais variadas formas de corruptelas cotidianas, pois mesmo que tenham tendência de crescerem, estão firmemente arraigadas na alma humana e só muitas idas e vindas para esta vida terrena  o farão evoluir.  Mas falo de problemas grandes.  De pessoas com “pedigree”, com vistosos postos, com posições de destaque na sociedade, seja na vida pública seja na vida privada. Nesse contexto, políticos, empresários, detentores de cargos públicos, figuras da polícia, Juizes pretensamente respeitáveis, jornalistas, artistas, apresentadores, empresas da mídia hegemônica, cabeças de movimento, aparecem nesse início de ano, como corruptos, ligados aos mais diversos atos de investigação que os coloca ao nível dos piores bandidos da face da terra pois que roubam dinheiro que é de todos e deveria estar a serviço de melhorias de serviços públicos e não em contas no exterior.
Falando em exterior, sabemos de sua influência nos movimentos ora em andamento no nosso país. Além de externarmos nossa inconformidade com "isso tudo que está aí", devemos alertar, difundir, mostrar, gritar contra as "flags" estrangeiras que estão tremulando livres leves e soltas nas hostes que tentam a moralização seletiva do nosso país. SMJ

quinta-feira, 19 de março de 2015

Angu de caroço II



No Angu de caroço tracei uma visão panorâmica de tudo que está acontecendo no Brasil com influência internacional. O dinheiro não dorme. O dinheiro gosta do poder. Não necessariamente estar no centro do poder. Isso ele terceiriza. O dinheiro precisa de laranjas em todos os níveis para fazerem o trabalho sujo. Este escrito da minha Amiga Malu Aires no Face, coloca muito bem a situação e traz um documentário que mostra quem está por trás da movimentação toda... Não se enganem essa é apenas uma faceta. Há muitas outras. Soros, Governo Americano, aliados dentro e fora do Brasil Lhes darei em breve, o Angu de caroço III com algumas coisas que vi sobre a ramificação dos KOCH no Brasil...

Malu Aires


Os irmãos Koch estão entre as 6 maiores fortunas do planeta.

São racistas e fazem diversas manobras no parlamento americano pra implantação da segregação racial em pleno século XXI. Poluem todo o planeta, respondem centenas de processos por crimes ambientais, fazem lobby pelo fim do salário mínimo, criam mecanismos legais de restrição do voto, desmontam os sindicatos, entre outras maldades que incluem assassinato.


O pai ganhou toda a sua fortuna com os russos na década de 1930. O negócio dos Kock é Petróleo. Querem meter as garras na Petrobras.

Criaram várias ONGs e OSCIPs por todo o mundo e, no Brasil, injetam dinheiro nos grupos 'liberais' que querem derrubar o governo.

As Fundações Kock são especialistas na organização de marchas anti-Direitos por todo o mundo.

Dentre as contribuições dos Kock em 85 ONGs e Fundações que servem aos propósitos empresariais deles, está a Oscip "Estudantes pela Liberdade" - filial brasileira do Students for Liberty - um projeto dos Kock para transformar universitários em idiotas deles - o MBL, dos bocós que organizaram a "Marcha Corrupta" do dia 15, é um desses grupos.


No Brasil, a gente discute o financiamento privado de campanhas. Esse documentário sobre os Irmãos Kock vai nos explicar como a coisa funciona aqui também. Como empresas (nacionais e internacionais) criam tentáculos de corrupção, lobby e atuam contra os nossos direitos, incluindo soberania.


A empresa quer lucro e protagonismo no mercado.

Ela se infiltra no Estado, financiando campanhas e candidatos. E se infiltra na sociedade, erguendo Fundações, ONGs e OSCIPs.

Depois que seus candidatos são eleitos, a empresa cria uma fábrica de projetos de Lei ao seu próprio favor. Elabora matrizes de opinião com pesquisas falsas sobre economia, renda, sociedade, meio ambiente, e as distribui na mídia.

'Especialistas', 'Estudiosos', além de jornalistas financiados por Fundações deles, com acesso à mídia, imprimem opinião ao grande público. Políticos financiados pela empresa, vêm a público apoiar projetos que estão relacionados à discussão levantada.

O próximo passo é atacar com matrizes de desinformação, bombardeando na mídia, todo tipo de enganação pra fortalecer o golpe.

As Fundações, ONGs e OSCIPs patrocinadas pela empresa, organizam marchas, criando um clima de 'apelo da sociedade' .

E assim, tiram da gaveta a Lei que criaram em benefício próprio e a aprovam com unanimidade e grande cobertura midiática. Além da criação de Leis contra diversos Direitos, privatizam o que querem, destroem quem querem, derrubam quem os atrapalha, com este mesmo sistema engenhoso de 'opinião' pronta.

O problema é que não são os únicos. Fundações, ONGs e OSCIPs estão espalhadas por todo o país e pelo mundo. Todas num mesmo propósito - dar lucro ao Mercado, acima de qualquer ética ou responsabilidade social.


Fundações Financiadas pelo Google, Ebay, Microsoft, Apple, Facebook, Ford, Natura, Itaú, Organizações Globo, chegaram ao MinC, à partir de golpe desse. É no MinC que patentes, marcas, tecnologias e criações são amparadas legalmente. Já estão lá, esperando a hora de botarem a mão em tudo.


Várias leis que beneficiam empresas como Monsanto, são criadas assim. São vários Institutos como o Millenium, Empiricus, os que servem de matriz de desinformação e lobby.


Os Kock querem tomar a Petrobras. Estão aplicados em derrubar o PT/Dilma porque a Lei da Partilha é um golpe contra as ambições dos Koch de 'lucro, acima de tudo'.


Ainda mais sério que o financiamento de campanhas de políticos corrompidos pelo dinheiro, é o financiamento de ideias equivocadas que não permitem que esse sistema corrupto mude.