COSTELÃO DE NOVILHA

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A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

domingo, 16 de agosto de 2020

O que a história dos "vitoriosos" não conta!





Luis Avelima

Em 16 de agosto de 1869 em Eusebio Ayala (Paraguai) ― no marco da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) ―, os luso-brasileiros degolam 3.500 crianças-soldados entre 9 e 15 anos no massacre de Acosta Ñu. Neste dia se celebre nesse país o Dia da Criança.
Escreveu Júlio José Chiavenatto: “Os meninos de seis a oito anos, no fragor da batalha, apavorados, se agarravam à pernas dos soldados brasileiros, chorando que não os matassem. E eram degolados no ato. Escondidas na selva próxima, as mães observavam o desenrolar da luta. Não poucas pegaram lanças e chegaram a comandar um grupo de meninos na resistência. Finalmente, depois de um dia de luta, os paraguaios foram derrotados. O conde D’Eu, o comandante da guerra, depois da insólita batalha de Acosta Ñu, quando estava terminada, ao cair da tarde, as mães dos meninos paraguaios saíam da selva para resgatar os cadáveres de seus filhos e socorrer os poucos sobreviventes, o conde D’Eu mandou incendiar o mato, matando queimados meninos e mães.
Mandou cerca o hospital de Piribebuy, mantendo em seu interior os pacientes ― em sua maioria jovens e meninos― e o incendiou. O hospital em chamas ficou cercado pela tropa brasileira que, cumprindo as ordens, empurrava a ponta das baionetas dentro das chamas dos enfermos que milagrosamente tentavam sair doa fogueira. Não se conhece na história da América do Sul pelo menos, nenhum crime de guerra mais hediondo que esse!