COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

terça-feira, 10 de maio de 2016

De fábulas. La Fontaine e o Lobo e o Cordeiro

De fábulas.
Gosto de fábulas. La Fontaine foi exemplar com elas. Situava bem o mote entre seus personagens e desde pequeno trago seus ensinamentos arquivados na cachola. Cedo  iniciado nas letras por minha mãe, tínhamos no livro Seleta em Prosa e Verso uma gama enorme de contos, estórias, poesias e fábulas. A fábula tem o dom de "desenhar" o que se afirma.
Uma que gosto, pois que se aplica a todas as relações da sociedade, é a do Lobo e do Cordeiro. Quem não a leu veja aqui http://pensador.uol.com.br/frase/ODEwMzk1/ .
O ensinamento, o adágio, a sabedoria que transmite nos faz entender muitas injustiças que ocorrem, ocorreram e irão ocorrer no transcurso de nossas vidas...
- A razão do mais forte é sempre a melhor.
- Contra a força não há resistência.
- Contra a força não há argumentos.
Há vários tipos de força. A que vem de argumentos. A que vem da Justiça. A que vem do Voto. A que vem dos canhões. A que vem de Leis. A que vem do dinheiro. A que vem do fisico. A que vem da chibata. A que vem da informação! A que vem de agentes externos de quem está digladiando. A força da traição! A força que vem das ruas!
Força é uma energia. Nem boa nem má, vai  depender no que vai ser empregada e por quem a emprega. Acrescentaria o motivo também e isso vai qualificá-la de boa ou má!
Dito isso, olhemos o que acontece no Brasil nesse momento. No dizer da Presidenta, com muita propriedade, como sempre, ao saber do movimento de suspensão pelo presidente da   Câmara, afirmou: "muita cautela nessa hora, pois sabemos que a política tem suas manhas e artimanhas!". Sábias palavras. Na madrugada foi suspensa a suspensão, numa clara demonstração que as forças, primeiro, colocaram aos agentes do GOLPE, que podiam ser levantadas outras forças e segundo, os agentes do Golpe demonstraram a sua força real.
Tínhamos e temos a FORÇA do voto. Foi uma eleição limpa em que as contestações dos perdedores deu-lhe mais lisura. Foram tentativas vãs de sujarem-na.
Seguiram-se ações em que a FORÇA da (des)informação odiosa, minou política e econômicamente o segundo governo da Presidenta.
Neste contexto, os aproveitadores de sempre fizeram o que sempre fazem: aproveitaram-se da opinão publicada e sem qualquer resquício moral, movimentaram os preços de produtos que não sofriam desabastecimento ou falta de safra suficiente. Não havia e não há motivo algum para que os preços se acelerem. Aliás as medições, conforme publicação recente, de inflação dos EUA, não contemplam energia e nem hortifrutigranjeiros, por isso a inflação de lá são tão baixas.
Puxadas por campanhas midiáticas tentaram colocar a FORÇA das ruas para começar a embasar pedido de impedimento. Sem mídia, os movimentos populares se agigantaram a ponto de sua FORÇA se sobrepuseram ao movimento elitista, tanto que vexados, no dia de ontem 09.05.2016, não havia ninguém para protestar contra o primeiro ato do presidente da Câmara dos Deputados. No dia 10.05.2016 os Movimentos Populares mostraram sua FORÇA e paralizaram por duas horas a movimentação rodoviária em vários estados.
Diz-se de boca pequena e de viva voz de um deputado - Paulinho da FORÇA - que dinheiro para o impedimento não faltaria. A FORÇA do dinheiro falou alto e grosso. Juntou-se à FORÇA da traição - a mais vil de todas e estamos em vias de perder nosso direito de escolher governantes da maneira mais saudável
Sei que ainda podemos buscar a FORÇA da Justiça mas... será que não foi subjugada pela FORÇA do dinheiro?
Todas essas FORÇAS não teriam sido contaminadas pela FORÇA externa que visam nosso petróleo e, consequentemente, nosso eterno enquadramento no Futuro que nunca virá?
A semente de um País justo e desenvolvido já foi lançada.
Teremos a FORÇA DAS RUAS PARA CONTRAPOR ESSAS FORÇAS ESPÚRIAS?
Tenho dúvidas. Já há movimento dos lados dos militares para um lado que lastreou o golpe de 1964.

A FORÇA BRUTA DAS ARMAS SE SOBREPORÁ AS FORÇAS DA RAZÃO e tal qual a fábula seremos imolados por mais 21 anos.

Infelizmente.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Potencial assassino em série



1 - Apresentação.
Sempre tive coceiras em escrever. Sobre todos os assuntos. Fiz incursões na prosa em curtos contos. em poesias com versos quebrados. Em fundamentação social e política, até em esclarecimentos de um que outro quiprocó jurídico. Não havia incursionado, ainda, na ficção. Daquelas de dar arrepios. Das que, se torcer as páginas, vertem sangue.
Dependendo do viés do leitor, será sangue de inocentes e o executor, será um assassino.
 Mas poderá haver quem ache que tudo foi legítima defesa e o executor, será um herói.
Como tratarei estritamente como ficção, tudo, absolutamente tudo, inclusive os malfeitos imputados aos que sossobraram, inclusive o executor, são criados na minha cachola e são meras coincidências se houverem paralelos de nomes ou atos, situações, etc.
Mas se alguém se sentir de alguma forma atingido, fica desde já a minha defesa, já que eficiente perante a Suprema Corte de Justiça da República Federativa do Brasil:
Minhas sinceras excusas aos ofendidos!

2 - O Executor.

JB Carvalho estava aposentado e sem absolutamente alguma coisa de útil para fazer pelo  bem da sua pátria, sua família, seus amigos, enfim alguma coisa boa pra servir a coletividade como um todo.
Vivia de sua aposentadoria que não era pouca nem tampouco muita, não lhe sobrando  haveres que pudessem fazê-lo sair da letargia.
O leitor sabe que sem o bendito dinheiro, bufunfa, money, plata, dólar, real ou pila, nada se faz. A paz de onde morava consistia em ter pouco do "faz-me rir" e frugalmente vegetar em paraíso natural. Mas tinha ímpetos. Maus e ou bons ímpetos - depende do ângulo que se aprecie. Tinha-os. Lutava contra eles, mas até nem lutava muito, pois sabia que os limites impostos pela sua situação econômica nunca conseguiria colocá-las em prática.
Desde novo tinha boa pontaria mas de nada lhe adiantaria pois arma de fogo não tinha e . ainda por cima, faz barulho e emite fumaça, o que nos ambientes que pretendia usar  chamaria muita atenção!
Talvez o velho enfeite da gravata vermelha (degola) cujo avô andou, dizem as línguas, participando nas escaramuças de final de dois séculos atrás. Mas nem podia ver sangue, que dirá vê-lo brotar de uma jugular pulsante. Também contra isso é que há muito tempo não se usa mais.
Usar uma besta com flechas, poderia ser uma boa ideia se os ambientes fossem propícios. Imagine chegar em um órgão público com uma besta medindo 80 x 80 cm, uma aljava às costas cheias de flechas e se identificar  na portaria: quero uma audiência com o Dr. JB Siclano! Não dá pé, concordam?
Lembrou da velha bazuca que aprendeu a usar no exército. Trambolhão. Ao montá-la já chamaria a atenção.
E os golpes com mãos que matam instantaneamente? Eficientes, silenciosos, mas não poderia chegar tão perto assim, os coelhos estão assustados e com os costados protegidos pelos seus cães de guerra. Além do mais os acessos de tosse poderiam atrapalhar no momento aprazado!
Que falta faz um apoio logístico de um bombardeio! Tem alguns colaterais, inocentes, mas  que são eficientes isso são...
De mais a mais, como se deslocaria por esse mundão afora, que é nosso Brasil? A crise medonha fez tudo subir.
Então o negócio do JB Carvalho foi continuar com sua vidinha.
Pois não é que "el diablo" serve a mesa e convida pro banquete? - Essa é do meu tempo de piá!- Houve uma reviravolta em sua situação sócio-econômica. De aposentado pé-rapado (outra antiga) à milionário de milhões. Como aconteceu? Lhes conto!
Numa das suas saídas do seu Paraíso inerte, foi ao "povo" - gauchês = cidade grande - comprar remédios para sua bronquite crônica, já que fora fumante por muitos anos e essa era a sequela que lhe acompanharia pelo resto de sua vida.  Ao passar por uma casa lotérica, lembrou-se de pagar uma conta de Energia elétrica - onde morava era Paraíso natural mas não era de todo atrasado . Entrou, pagou e o caixa lhe perguntou se estaria interessado em comprar um bolão da Mega-Sena acumulada com o troco. Daria certinho e ainda sobrava umas balinhas para levar pros netos. Concordou e foi-se embora pro Paraíso sem pensar mais no jogo que fizera. Nunca ganhara nada...
Uma semana depois do ocorrido, estava arquivando as contas pagas, quando deu de cara com o bilhete do jogo. Ao mesmo tempo em que achara o bilhete, o mequetrefe da televisão dava a notícia que o prêmio tinha saído para o "povo" em que andara. Prestou atenção e confirmou todas as dezenas. Ficou quieto, sem fazer alarde nem para a patroa, sabe-se lá! Por dinheiro, troca-se de lado, de religião, de partido, de caráter... Passou a noite engendrando uma desculpa para explicar a melhora de vida que teriam e que servisse tanto em família como na roda de amigos.
Reborquiou-se - gauchês = debateu-se - a noite toda, por fim exausto, adormeceu já com a solução. Iria primeiro ver de quanto seria o prêmio, abriria uma conta poupança na Caixa  Econômica Federal e diria que pegara um prêmio menor, coisa de 10% do valor real e que viveria dos juros.
Isso fartamente pensado, isso exatamente feito. Chegou faceiro em casa anunciando aos quatro ventos a boa nova.
Foram dias de fartas festas, compras represadas atualizadas, sonhos de consumo da família feitos realidade, mas...
...guaipeca comedor de ovelha, só matando pois não larga o vício! A consciência social começou a cutucá-lo: e os seus ímpetos? E os seus ímpetos? E seus ímpetos, agora tens os meios... vais mudar de lado?
Começou a reviver um a um os seus ímpetos e aos poucos foi esboçando um plano que no princípio até lhe pareceu muito arrojado e com inovações tecnológicas ainda não aplicadas ao que pretendia. Depois, com a leitura e estudo de projetos existentes na Internet e desenvolvidos por renomadas universidades começou a ver com lucidez  uma luz no fim do túnel existencial

3 - O plano.

Com o advento da impressora 3D e com uma gama enorme de materiais  à disposição, tendo um bom programa, um bom projeto, consegue-se tudo. Outro fator tecnológico, a Nanotecnologia, abre espaço para potencializar combustível e explosivos. Sensores sofisticados já em uso, poderão acabar aproveitados também.  
Ao reviver os ímpetos, que o leitor mais acurado já sentiu que são de eliminação pura e simples de desafetos coroados - não são de mequetrefes sem expressão - e os métodos lembrados para o desatino, se deteve em um em especial: a bazuca.
A bazuca foi inventada na segunda grande guerra e consiste, para quem não sabe em um tubo lançador com gatilho, mira e uma bateria que serve para a ignição. A direção e o alcance é dado pela mira ocular (sem aumento ou aproximação) ajustada pela distância e dessa forma o ângulo balístico se forma. É o mesmo princípio das armas de fogo individuais. A curta distância apontamento direto. Em distâncias mais longas necessita-se de cálculo de balística, que envolve potência, distância e atrito com o ar.
A grosso modo, foi a precursora das bombas voadoras de Hitler, dos foguetes intercontinentais, dos foguetes lançados ao espaço. Melhoraram-se, nesses casos, a propulsão, o desenho e o alcance dos artefatos.
Com a criação dos teleguiados, surgiram os foguetes terra -terra, terra-ar, mar-terra que se guiam por coordenadas, calor e até identificação  particular de temperatura e de aspecto (fotos).
A entrada da eletrônica facilitou o acúmulo de informações para o direcionamento do artefato e gerenciamento de sua viagem fatídica.
Muito do que procurava encontrou nas balas inteligentes. Munidas de sistema sofisticado de identificação do alvo, o persegue sem tréguas e com a mesma velocidade. Precisava disso com um adendo, com conquistas ainda não alcançadas e miniaturizar ainda mais, para caber em uma bala longa de calibre 22.
A bala em si será um micro-foguete a ser lançado de uma micro plataforma que caberá na palma da mão. Não deverá haver fragmentos do foguetinho já que o próprio material será explodido junto com a munição principal e esta será detonada por comando de celular - do executor é claro.
Pois os piores explosivos conhecidos são naturebas. Estão aí para serem "maleficiados" e transformados em vulcão. Quem brincou idiotamente com colegas crianças, mandando arregalarem os olhos e dobrando uma casca de laranja fez com que os "olhinhos" da casca, estourassem e injetassem um líquido nos olhos fazendo-os arder? E essa, com um fósforo aceso em uma das mãos e na outra repetindo o descrito acima não ficou extasiado com a língua de fogo colorido que acontecia?
É um óleo que pode ser utilizado tanto como combustível como  explosivo. Hoje é usado como óleo essencial para o ramo de alimentos. Deixa massas estranhas com gosto de cítrus.
Quantidade pequenas podem ser bem empregadas no mister que JB Carvalho queria. Alguns estudos com nanotecnologia e multiplicou por dez o poder. Primeiro teste com foguetinho, partiu de um segundo em cem metros para 0,10 segundos na mesma distância. Como explosivo, partiu de cinco centímetros em alvenaria para rombo de meio metro. Pra estourar uma cabeça por exemplo, três mililitros são suficientes. Idem para combustível. Com esses resultados, pode encerrar as buscas e sobra espaço no foguetinho para a microparafernália de localização e busca.
Optou por utilizar o celular para identificação e perseguição da vítima, bem como disparo do foguetinho e explosão da carga.
No quarto teste, atingiu o objetivo. Explodiu um abacate a 50 m de distância. Sobrou o nada até do caroço e um leve perfume de laranja no ar. Nem o lança-micro-missel deixou rastros. Satisfeito, fez uma lista de possíveis aquinhoados da sua tecnologia.