Até 2013 tinha sob meu comando 6 blogs onde tratava de vários assuntos que enfocavam vários de meus interesses. Por vontade própria, foram deixados de lado por motivos de foro íntimo. Retorno como blogueiro, trazendo como sempre fiz, assuntos variados, mais comedido mas ainda interessado na verdade. Escolhi como título o "Churrasqueiro" por que, para o gaúcho, o ambiente da churrasqueira é propício para a colocação e discussão de todos os assuntos.
COSTELÃO DE NOVILHA
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
O fetiche de Jacarta
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
Atravessando Santa Maria da Boca do Monte
Pois saí da antiga Santa Maria Vista do Monte
(Itaara-RS) para procurar umas peças pro meu mobiliário ganhado, numa manhã
tórrida deste que é o pior verão em termos de calor (as estatísticas não
mentem) na Santa Maria da Boca do Monte.
Além de não achar, fiquei com um tempão livre entre um
horário de ônibus e outro, dentro do vulcão já extinto mas com fulgores de
super ativo.
Mas mesmo assoleado(1) e sendo extraído meu suco
através da pél(2), meu senso de observação não ficou sufocado.
Durante todo o trajeto entre a ponta da Rua do
Acampamento e o extremo da Avenida Rio Branco, contei 5 pessoas muito
competentes no seu empreendedorismo vendendo lanches/doces/salgados/líquidos
acondicionados em caixas de plástico ou isopores. Com vestimentas simples mas
limpas e alinhadas, desafiavam a pior calçada, por ser batida direta pelo sol
inclemente.
Muitas pessoas simples/humildes(3) em filas estendidas
ao sol esperando alguma migalha
governamental (entreouvido en passant) na Caixa federal.
Noutro banco, umas 30 pessoas amontoaram-se na sombra
da marquise do prédio esperando sua vez de ser atendido e fugindo dos raios
fogosos do sol.
Se evitar aglomeração era a função da fila no exterior
do banco, esta não foi cumprida nos dois bancos. Até para dar algum benefício
ou realizar um atendimento banal, o status quo sacrifica seu povo.
Em chegando à porta do supermercado, fui abordado por
um senhor que educadamente me pediu que comprasse um pão e uma fatia de
mortadela (4) pois estava com fome e me
mostrando um saco de ráfia com algumas pets e latinhas, disse que hoje
estava difícil e com certeza até o meio-dia não tiraria dinheiro suficiente. Estava
pedindo que eu comprasse pois queria dar certeza para mim de que não era para
outro fim. Esqueci até do que ia comprar. Comprei uma embalagem com poucas fatias
de mortadela e outra com 3 pães(5). Me liberei do caixa e entreguei a sacolinha
para ele. Com um sorriso de orelha a orelha, não sabia como me agradecer...
Sentado em frente ao meu pc, vendo minha “time line”
me deparei com uma postagem do amigo Miguel Ângelo Monteiro que trazia um
pensamento de “Café com Música e Filosofia, por favor”, que dizia:
O POBRE SÓ NÃO ESTÁ
PASSANDO MAIS FOME PORQUE OUTRO POBRE ESTÁ SEMPRE AJUDANDO. A VERDADE É ESSA!
1
-Significado
de Assoleado
adjetivo, substantivo masculino[Regionalismo: Rio Grande do Sul] Aplica-se a
qualquer animal que teve o aparelho respiratório comprometido em razão de
marchas forçadas ou muito trabalho em dias de calor.
2 – Pél – Pele. Usada a primeira vez no
dito popular “Como é difícil tirar a pél do pesco (pêssego)(gauchês).
3 – pessoas simples/humildes – Só o
povão entra em fila de banco. Quem tem muito, tem outras opções de atendimento,
sem sacrifícios.
4 - um pão com mortadela – Símbolo de
luta do PT.
5 - Embalagens com pouquíssimas unidades: Sinal dos tempos.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
Ao meu amigo facebuquiano Major Paulo Tito
Meu possível
deputado favorito, me permita discorrer sobre sua atual atividade no seu sítio.
Vi uma postagem dessas que fazem para defender o Agro business em que apareciam
4 fotos de produtos da agricultura familiar e uma mensagem que dizia, mais ou
menos assim: “O dia que o povo comer pedra e beber petróleo vão dar valor ao
Agronegócio”. Discordei e lembrei do amigo que pelo nível cultural já reparado
por esse simples escriba, já sabe sobejamente disso que dissertei
Vamos separar
o joio do Trigo.
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
Carta ao Lula
Dolores Pineda
domingo, 2 de janeiro de 2022
O Agro é Tech? O Tech é Pop?
No agro seu feisse. No agro, nisso que estou pensando. Hoje, depois de muitos anos, vi reportagens do Globo Rural. Sobre o agro. Duas reportagens que trazem duas situações diferentes. Antes disso, quem sou eu pra falar sobre o agro? Não entendo nada da cultura do Soja. Quando recém estavam implantando as lavouras dessa oleaginosas eu já tinha saído da Escola Rural em que fazia o curso de Técnico Agrícola. Conheço a cultura do milho e do trigo. Conheço as culturas das olericulas. Conheço práticas alternativas para potencializar com práticas orgânicas, os solos. Sei fazer solos pobres tornarem-se ricos. Fui um dos primeiros criadores de minhoca vermelha da califórnia no RS. Me interesso por técnicas que são trazidas pelas instituições de desenvolvimento agropecuário como um todo. Então não é só o conhecimento de como plantar, adubar, colher. Em que isto está inserido? Qual é a preocupação com meio ambiente? Quais recursos que posso tirar dele, sem agredi-lo? Que posso fazer para potencializar esses recursos e melhorar a meu favor? Que técnicas posso usar para não depender dos humores do clima? Em uma palestra que dei na Escola Técnica de Agricultura em Viamão - RS, provoquei um auê entre os professores da área da Bovinocultura com a afirmação de que cuidava melhor do meu gramado(que somente me dava prazer, sem nenhum retorno econômico) do que os pecuaristas da região com solo sobejamente pobre. Questionado sobre como poderia fazer frente ao problema, coloquei que abandonar a pecuária extensiva pura e aos poucos implantar piquetes para fazer rodízio com a gramínea utilizada na região. Investimento em cercas, água, e uma passagem de roçadeira por dia no piquete que foi utilizado. Isso daria uma terminação de 10 vezes mais por hectare. Mas por que não investem? É mais fácil deixar o gado em uma lotação de um boi por 1,5 hectares, tomando água no banhado e pastando pastagem ruim e levando 2 anos para terminar. Não precisa manejo a não ser aquele obrigatórios como a vacinação. Normalmente fica muito mais difícil esse manejo pois o gado não está acostumado (xucro).