Até 2013 tinha sob meu comando 6 blogs onde tratava de vários assuntos que enfocavam vários de meus interesses. Por vontade própria, foram deixados de lado por motivos de foro íntimo. Retorno como blogueiro, trazendo como sempre fiz, assuntos variados, mais comedido mas ainda interessado na verdade. Escolhi como título o "Churrasqueiro" por que, para o gaúcho, o ambiente da churrasqueira é propício para a colocação e discussão de todos os assuntos.
COSTELÃO DE NOVILHA
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
Pai Bento Carvalho.
domingo, 23 de outubro de 2022
Deu Chabu
A expressão chabu é usada quando um foguete de São João (pirotecnia) não estoura.
Nestes tempos de Eleições Gerais no Brasil, vou usar essa expressão para detonar/estourar o TSE - Tribunal Superior Eleitoral.
Quando da posse do atual presidente do STE, houve uma pirotecnia estrondosa em torno da Notícia Mentirosa (fake news) amplamente usada na política pela campanha do atual mandatário do Governo Federal desde as Eleições Gerais de 2018. Ele elegeu-se usando fortemente as redes sociais, com a conivência dessas, usando o expediente com os chamados robôs. Nunca foram realmente combatidos por quem de direito.
Pois o Ministro deitou falação na sua posse, secundando o antigo detentor do cargo que já tinha, verborrágicamente, atacado o que seria abuso de notícias falsas envolvendo adversários políticos.
Pois é. Deu Chabu! Da pior maneira possível. Vou usar uma expressão chula para dizer que Bolsonaro tripudiou de todos os ministros que compõe o "Egrégio" Tribunal. Aqui um parêntesis: (egrégio
- 1.extremamente distinto; insigne, muito importante (diz-se esp. dos tribunais superiores e de seus juízes).
- 2.digno de admiração; notável, magnífico.).
- BOLSONARO CAGOU NA CABEÇA DO PRESIDENTE FANFARRÃO DESTE TRBUNAL.
"Das 29 representações registradas no TSE, 23 foram feitas pela campanha petista tendo como alvo a Coligação Pelo Bem do Brasil, do presidente Bolsonaro, portais na internet e outras figuras públicas. Quase metade delas diz respeito a pedidos de direito de resposta. Ao todo, são 12." Informações da CNN.
Não se comparam desiguais. Desiguais nos procedimentos, na vida pregressa, nas atuações políticas, na humanidade. Na HONRA.
Por isso, meus amigos, que o jogo de cartas marcadas continua, como disse o Jucá (Caju para os íntimos que o compraram) com Exército, Polícia Federal, Congresso, com STF(leia-se justiça em geral), com tudo (leia-se Cia, irmãos Koch, outras sopinhas de letras americanas, governo do Tio Sam e etc.).
E muitos dólares.
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
À minha companheira Guria.
Pois tenho um imã que atrai os guaipécas (gauchês: cães sem
dono pois abandonados foram). Mas gosto deles. No meu caso cadelas. Hum,
cadelas não fêmeas. O meu harém das cuscas começou com a Milu. Salvei-a de uma
gravidez de filhotes de cães muito maiores que ela, a esganada. Agora velhinha,
está sendo tratada a pão de ló dentro de casa. Depois veio uma de grande porte, a Jade, essa
veio pequenina salva por minha filha em uma noite chuvosa e fria. Depois disso
veio a Princesa metida a besta por ter um pouco mais pedigree de uma raça
caçadora em banhado. Essa é alarife, latido estridente, não tem ouvido, mas
também carinhosa. E por fim a Guria.
É um capítulo à parte. Nasceu
de uma ninhada que a Jade teve embaixo de um galpão de um vizinho. Um vizinho
mais próximo desse viu quando ele engambelou a Jade com ossos de churrasco e a
colocou na caçamba de uma camionete e me avisou do ocorrido e da ninhada.
Recolhi a ninhada e a Guria
foi a última que consegui resgatar. Não queria sair por nada desse mundo. Foi
uma luta. Comprei ração para filhote e desmanchava no leite de vaca e dava em
pires e lhes ensinei a lamber a mistura. Nesse meio tempo tive que viajar e
consegui alguém pra cuidar deles. Dois morreram.
Quando voltei de viajem já
havia se passado cinco ou seis dias do desaparecimento da Jade.
Continuei cuidando dos
pequenos. Até que, quando completou sete dias, a Jade conseguiu achar o caminho
de volta. Consegui salvar quatro, entre eles a Guria.
Resolvi ficar com ela. Era a
única que desafiava a ordem de não entrar em casa e teimosamente entrava para
urinar, para desespero da esposa. Corríamos com ela mais por farra e eu a
admirava pela sua audácia e teimosia.
Encaminhei para adoção os
outros três e fiquei com ela. Pelo histórico dos corridões ela não era afeita a
contatos ou carinhos, coisa que as outras adoravam.
Passou um tempo e ela deu de
desaparecer por períodos longos. Um adendo o meu portão ficava sempre aberto
para elas irem e virem ao bel prazer. Porém ao cair da tarde estavam a postos
para receberem a refeição oficial, pois queridas por todos tinham regalias e se
fartavam tanto que, às vezes não queriam a minha gororoba.
Estranhei, mas como ela
comparecia todo fim de tarde, não dei muita importância até que um outro
vizinho me alertou que uma das cadelas tinha dado cria na casa ao lado e que os
cachorrinhos estavam latindo e que eu deveria ver.
Pois a arredia nem mostrou que
estava no cio, escondeu a gravidez e o nascimento! Para me certificar que era
ela, quando saia depois de comer, eu a segui e vi entrando no pátio da casa em
que deu cria.
Confirmado, esperei ela sair
para outros lados e resgatei quatro filhotes lindos.
Os trouxe para casa e fiquei
com eles no colo esperando que ela viesse ver o que ocorreu.
Aí não teve outro jeito, a mãe
falou mais alto e ela teve que vir até mim e deixar lhe fazer afagos. Arrumei
um cantinho para eles até fazer as doações. Depois disso castramos todas.
Pois bem, a chefe do bando
sempre foi a Milu. O pessoal da cidade sabia que eu andava por perto, quando
via a Milu. Via ou sentia um movimento meu, levantava e se eu saísse, ia me
amadrinhando (gauchês: acompanhando).
Com a velhice da Fêmea Alfa,
houve uma pequena desavença, até que a Guria manhosamente, ganhou a posição e
está aceita pelas outras duas ainda fortes.
O pátio da minha casa está
cercado e o do vizinho de cima também. Pois ela achou um jeito de pular o muro
que nos separa, subir numa muretinha e pular por cima do portão do vizinho.
Para me acompanhar nas minhas caminhadas.
Hoje tivemos que descer, a
patroa e eu, para Santa Maria, ao sair, a Guria, como sempre, nos acompanhou
até a parada. Até aí tudo bem, depois ela sempre volta. Mas um vizinha nos
ofereceu carona e provavelmente ela não viu.
Voltamos de Santa Maria e
depois de descansar, vi que precisava ir ao Supermercado. Como sempre ela
junto. Fiz as compras e no caixa a moça me perguntou: O Sr. Veio para o centro
hoje de manhã? Não, respondi. Pois ela veio entrou no mercado, olhou tudo e
saiu. Foi para o lado da casa de sua filha(mora perto). Depois vi ela passando
para o lado de sua casa.
Até aí tudo bem, como ela não
viu o que aconteceu comigo, me procurou nos lugares em que está acostumada a me
acompanhar.
Ao chegar no condomínio a
Secretária me chamou para dizer que a minha companheira pede para abrir o
portão para entrar e sair. Como assim perguntei. Ela late e em seguida uiva se
posicionando perto do portão em que a visão da câmera a capta. Não é possível.
Tem mais, continuou, veio na porta olhou bem para dentro e viu que o Sr não
estava foi para o portão e novamente latiu e uivou. Saiu e um tempo de pois (o
tempo que levou procurando por mim na cidade) veio se posicionou latiu e uivou
novamente para que eu abrisse.
Não há amor maior que esse e
quem disse que não são inteligentes
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Brasil pátria educadora
Pois bem, um dos maiores programas de incentivo à
educação foi boicotado nos municípios. Em 2015, ouve uma profusão de anúncios
de creches alardeados pelas prefeituras Brasil a fora. O que isso significaria?
Primeiro, diminuiria a dependência das prefeituras de
organizações particulares – primeiro ponto negativo na visão dos prefeitos pois
tiraria oportunidades de eventuais negociatas a seu favor ou ao favor de
compadrios.
Segundo, deveriam gerenciar com eficiência e eficácia,
um estabelecimento moderno, com infraestrutura de primeiro mundo e isso demanda
pessoal altamente treinado (e remunerado).
Terceiro, os prefeitos foram colocados à prova no
trato com empreiteiras, já que toda a execução da licitação à execução estaria
sob sua gestão. Ao governo federal cabia somente o projeto e o financiamento.
Quarto, como havia já em curso o movimento para
destituir Dilma da presidência, toda sorte de boicote servia para ajudar no
mister.
Então, como exemplo do que explanei, cito uma
reportagem do Diário de Santa Maria sobre as 10 creches prometidas e não
concretizadas.
DEZ (10). DEZ!
Os problemas alegados foram de ordem de execução:
Editais mal feitos. Empreiteiras não idôneas que não tinham cacife. Falta de
complementação de verba.
Na complementação de verba, ingerência ou falta dela
dos deputados federais que encaminharam as emendas orçamentárias. Se
beneficiaram quando das proposições e mais não fizeram.
O fato, triste, foi que não aconteceram e o dinheiro
público aplicado, está sendo corroído pelo tempo que desgasta o que não é
usado. De creches só nos alicerces até creches quase acabadas, apodrecem, criam
mato, tem seus materiais que foram usados ou não, roubados pois como não há
vigilância em algo inacabado, gera oportunidade a quem se acha no direito de
usufruir.
Note-se que os prefeitos foram de partidos(PMDB E PSDB
– Schirmer e Pozzobon) que historicamente, ao menos no Rio Grande do Sul,
sempre agiram contra o Partido dos Trabalhadores.
Para confirmar o que disse, há o exemplo de Itaara.
Foi contemplada com uma creche em emenda do Deputado Paulo Pimenta. A certa
altura, ouve problema de complementação de verba e estava indo para o mesmo
caminho de Santa Maria. Pois quando o Deputado soube imediatamente agiu e hoje
temos a flamante Gralha Azul atendendo nossas crianças, com enfoque moderno e
seguidamente atualizado.
Era isso por hoje, Domingo, 07 de Agosto do ano santo
de 2022.
sexta-feira, 13 de maio de 2022
Exército Brasileiro
Ao ler sobre o episódio do foguete que se desviou da
rota e caiu em uma lavoura, lembrei de fatos que ocorreram comigo quando servi
ao Exército.
Analisando a trajetória do foguete fujão, dá para
perceber que foi falha do material. Inicia com o mesmo trajeto dos outros e se desvia.
Usando uma bazuca em um exercício de campo, tendo como
um alvo uma carcaça de fusca, aconteceu o mesmo. Bazuca firmemente assentada,
projétil ligado à mesma (com dois fiozinhos) mira no alvo a mais de 100 metros,
em uma colina, o aviãozinho, como chamávamos, saiu reto prevendo o acerto. Ledo
engano, a munição da segunda guerra, sabe-se lá, desviou para a direita e
derrubou uma pequena árvore.
Numa segunda tentativa acerto no alvo.
Mas quando a falha é humana?
Aconteceu comigo também. Não, não falhei e por pouco
não houve vítimas. Conto.
Passei em primeiro lugar no curso de cabo com um dos
testes que mede a inteligência espacial. Aquela em que você se situa no mundo e
consegue ver posições de um determinado projeto sem precisar de desenho. A grosso
modo, seria projetar na memória, inclusive com cálculos. Com isso a topografia
foi a QMP – Qualificação Militar Particular – a mim destinada. A QMG – Qualificação
Militar Geral – era a Artilharia auto Rebocada.
Alguns meses de treinamento e fui designado para fazer
o levantamento do campo de tiro para o exercício com munição real. Depois de
montar acampamento, saí em campanha e montei o diagrama, com cálculos num
percurso de alguns quilômetros. O resultado final passei para a Central de Tiro
que finalizou os dados até cada canhão que formava a primeira bateria de
canhões 75 mm. À tarde, fui convidado pelo Tenente para acompanhar os tiros, na
Central de comando que ficava em frente à colina onde estavam os alvos. Quatro
no total.
Todo o cenário montado, o Coronel comandante, ordenou
o primeiro tiro – o teste inicial para, se necessário fosse, corrigir os
próximos.
Ordem dada, ouviu-se o estampido e o ruido característico
dos flaps do projétil. Passou por cima de nós, dos alvos e da colina, indo
detonar atrás da mesma.
Coronel e Tenente se entreolharam, provavelmente nunca
tinham apreciado erro tão grande. O Tenente me olhou e eu fiz um gesto que não
sabia o que estava acontecendo.
Confabularam e passaram novas coordenadas para a Central
de Tiro. Com nova ordem repetiu-se o ocorrido. Aí não teve jeito. O tenente
chegou-se e pediu o levantamento. Examinou-o e chegou a mesma conclusão que eu:
estava correto. Transmitiu ao Coronel. Resolveram passar novas coordenadas e
repetir o teste. Não houve mudanças.
Com não apareceu melhoras, lembrei do curso em que
diziam que os tiros de testes eram dados da primeira ou terceira peça. Transmiti
ao Tenente e este ao Coronel: Atirar com a terceira peça.
Transmitidas as instruções, veio a ordem de fogo. Por
questão de metro, não explodiu o terceiro alvo.
Pronto. Fogo à vontade.
O que ocorreu? Falha humana. Ao buscar com o aparelho
ótico do canhão a sua baliza, a equipe pegou a baliza do canhão vizinho.
Fiquei de alma lavada e enxaguada.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
O fetiche de Jacarta
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
Atravessando Santa Maria da Boca do Monte
Pois saí da antiga Santa Maria Vista do Monte
(Itaara-RS) para procurar umas peças pro meu mobiliário ganhado, numa manhã
tórrida deste que é o pior verão em termos de calor (as estatísticas não
mentem) na Santa Maria da Boca do Monte.
Além de não achar, fiquei com um tempão livre entre um
horário de ônibus e outro, dentro do vulcão já extinto mas com fulgores de
super ativo.
Mas mesmo assoleado(1) e sendo extraído meu suco
através da pél(2), meu senso de observação não ficou sufocado.
Durante todo o trajeto entre a ponta da Rua do
Acampamento e o extremo da Avenida Rio Branco, contei 5 pessoas muito
competentes no seu empreendedorismo vendendo lanches/doces/salgados/líquidos
acondicionados em caixas de plástico ou isopores. Com vestimentas simples mas
limpas e alinhadas, desafiavam a pior calçada, por ser batida direta pelo sol
inclemente.
Muitas pessoas simples/humildes(3) em filas estendidas
ao sol esperando alguma migalha
governamental (entreouvido en passant) na Caixa federal.
Noutro banco, umas 30 pessoas amontoaram-se na sombra
da marquise do prédio esperando sua vez de ser atendido e fugindo dos raios
fogosos do sol.
Se evitar aglomeração era a função da fila no exterior
do banco, esta não foi cumprida nos dois bancos. Até para dar algum benefício
ou realizar um atendimento banal, o status quo sacrifica seu povo.
Em chegando à porta do supermercado, fui abordado por
um senhor que educadamente me pediu que comprasse um pão e uma fatia de
mortadela (4) pois estava com fome e me
mostrando um saco de ráfia com algumas pets e latinhas, disse que hoje
estava difícil e com certeza até o meio-dia não tiraria dinheiro suficiente. Estava
pedindo que eu comprasse pois queria dar certeza para mim de que não era para
outro fim. Esqueci até do que ia comprar. Comprei uma embalagem com poucas fatias
de mortadela e outra com 3 pães(5). Me liberei do caixa e entreguei a sacolinha
para ele. Com um sorriso de orelha a orelha, não sabia como me agradecer...
Sentado em frente ao meu pc, vendo minha “time line”
me deparei com uma postagem do amigo Miguel Ângelo Monteiro que trazia um
pensamento de “Café com Música e Filosofia, por favor”, que dizia:
O POBRE SÓ NÃO ESTÁ
PASSANDO MAIS FOME PORQUE OUTRO POBRE ESTÁ SEMPRE AJUDANDO. A VERDADE É ESSA!
1
-Significado
de Assoleado
adjetivo, substantivo masculino[Regionalismo: Rio Grande do Sul] Aplica-se a
qualquer animal que teve o aparelho respiratório comprometido em razão de
marchas forçadas ou muito trabalho em dias de calor.
2 – Pél – Pele. Usada a primeira vez no
dito popular “Como é difícil tirar a pél do pesco (pêssego)(gauchês).
3 – pessoas simples/humildes – Só o
povão entra em fila de banco. Quem tem muito, tem outras opções de atendimento,
sem sacrifícios.
4 - um pão com mortadela – Símbolo de
luta do PT.
5 - Embalagens com pouquíssimas unidades: Sinal dos tempos.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
Ao meu amigo facebuquiano Major Paulo Tito
Meu possível
deputado favorito, me permita discorrer sobre sua atual atividade no seu sítio.
Vi uma postagem dessas que fazem para defender o Agro business em que apareciam
4 fotos de produtos da agricultura familiar e uma mensagem que dizia, mais ou
menos assim: “O dia que o povo comer pedra e beber petróleo vão dar valor ao
Agronegócio”. Discordei e lembrei do amigo que pelo nível cultural já reparado
por esse simples escriba, já sabe sobejamente disso que dissertei
Vamos separar
o joio do Trigo.
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
Carta ao Lula
Dolores Pineda