COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO

 Ao meu amigo facebuquiano Major Paulo Tito

Meu possível deputado favorito, me permita discorrer sobre sua atual atividade no seu sítio. Vi uma postagem dessas que fazem para defender o Agro business em que apareciam 4 fotos de produtos da agricultura familiar e uma mensagem que dizia, mais ou menos assim: “O dia que o povo comer pedra e beber petróleo vão dar valor ao Agronegócio”. Discordei e lembrei do amigo que pelo nível cultural já reparado por esse simples escriba, já sabe sobejamente disso que dissertei

Vamos separar o joio do Trigo.

No final da década de 1950 e inicio da década 1960 começou a ser implantada a cultura da Soja. Tínhamos as pequenas propriedades como maioria de estabelecimentos rurais. Plantavam e produziam de tudo. Mas de tudo mesmo. Só compravam tecido e sal. O resto todo que precisavam, produziam. Eram chamados de colonos fortes. Sabemos que com 50 ha não tem como plantar duas culturas somente. Por exemplo: trigo e soja ou trigo e milho. Também sabemos que pra culturas extensivistas como é a Soja, há necessidade de maquinário e aí vem a quebradeira geral ocorrida na década de 1960. O minifundiário se atracou a comprar trator e equipamentos (financiados), largou os seus bois vendeu vacas, porcos e galinhas, desmatou o que restava de mato e dele soja até na porta de casa. Só que mesmo com uma safra espetacular o valor produzido não cobria custos com os empréstimos feitos nos bancos ou sobrava muito pouco para suporte financeiro da família no resto do ano. Quebradeira geral com os bancos tomando as terras e gerando o famoso Êxodo Rural. Muito pouco sobrou de pequenos agricultores familiares. Os lindeiros que podiam, arrematavam em leilões as terras dos inadimplentes. Há hoje uma divisão muito clara dos dois tipos de proprietários rurais. Os granjeiros ou estancieiros e os agricultores familiares, normalmente dedicados a esses produtos que está na foto. Isso alimenta o povo. Se eles caírem e pode acontecer devido a falta de financiamento para esse segmento, os lindeiros de hoje, comprarão para aumentar sua área de culturas extensivas. Se isso acontecer, iremos comer pedras e beber petróleo. SMJ, ou Salvo Melhor Juízo. Abraços fraternos de Ano Novo

Nenhum comentário:

Postar um comentário