COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

quarta-feira, 24 de junho de 2020

AS 10 PRAGAS SOBRE O BRASIL


"Por tua, somente tua, iniquidade, por teu egoísmo e por tua estupidez, atraíste dez pragas que se abateram sobre a tua antes próspera nação. Porque não reconheceste a virtude, porque zombaste do altruísmo, porque invejaste o semelhante, porque cedeste à tentação da mentira destrutiva, recebeste a áspera e dura retribuição. Arruinado, é o país que ganhaste por sabotar o espírito de partilha e solidariedade que o projetara como locus da esperança no início deste milênio. Agora, infame fariseu, tens diante de ti a chaga gerada por teu pecado.
1) Tuas águas não se convertem em plasma sanguíneo, mas se borram da viscosidade de um óleo que degrada tuas praias. Este mar tem o gosto do veneno de tuas falsas palavras e parvas sentenças.
2) A doce água cristalina de teus rios sofreu a metamorfose. Tornou-se barro mortal que invade, toma, imobiliza e aniquila. Teu brumado sonho transformou-se em desastre de lama, sepultando juventudes e sonhos.
3) Em teu agosto, o céu exibiu desgosto. Trevas como no Egito. O Sol sequestrado. A noite ácida às três da tarde. Dias e dias de chuva rala na cor da cinza. Tuas cidades escuras. Nem estrelas. Nem Lua.
4) O teu verão, país tropical, foi roubado por ondas de maldição glacial. Teu sul, teu sudeste e teu centro-oeste se encapotaram nas férias. Foi a estação tórrida dos 15 graus, da garoa gelada e da alegria paralisada pela aragem invernal.
5) Tua floresta joia, tesouro do planeta, ardeu em chamas. Expirou a árvore-mãe de 500 anos. O tamanduá e o tatu pereceram em rumorosa aflição. Fizeste vergonha perante o concerto das nações. Como guardião dos recursos nobres do planeta, falhaste e prevaricaste. És agora motivo de escândalo para as almas evoluídas da Terra.
6) Neste sítio de infâmia, dolo e violência, baixaram aos túmulos úmidos alguns dos mais decentes e promissores de teu povo. Rumaram à eternidade prematura, nestes tempos de provação, os estudantes e professores de Suzano, os craques do Ninho do Urubu, os jovens de Paraisópolis, a mulher-maravilha Ágatha, o músico Evaldo, o ativista Gabrielzinho, o mago dos caixotes Capoeira, o índio Paulino, os meninos João Pedro e Guilherme.
7) As milícias tomam as ruas, logo as tuas. Para cobrar pedágios ilícitos, grilar, traficar pessoas e assassinar por encomenda, os protegidos e sócios do mandatário assumem posições de norte a sul do país, infectando guardas locais, polícias e facções das armadas forças. Tens agora a paisagem da conflagração diante de tuas janelas.
8) Os canalhas, os ratoneiros, os estúpidos e os psicopatas cerraram fileiras em defesa do terror. Escancaradamente, debocham, sabotam, agridem, protegidos pelos fardados. Exigem o fim da democracia, o desmonte do protocolo republicano e a destruição dos tribunais. Armados, erguem tochas para celebrar uma suposta supremacia branca, inspirados na liturgia criminosa de hitleristas e de membros da Ku Klux Klan. Juntam varas para açoitar o bom senso e a civilidade.
9) A peste do século, que noutros cantos produziu dor e morte, aqui prospera célere, dotada de corrosiva e mortal vitalidade. Avança pelas cidades, campos, construções, dizimando famílias, arrasando economias, apagando sonhos. Teu país hoje é o território das estatísticas fraudadas, dos respiradores asfixiados pela corrupção oficial, da escolha do quem vive e quem morre, do adeus solitário ao ente querido que desaparece na fossa coletiva.
10) Agora, ao que tudo indica, tua alma azeda, magnética de tudo que é ruim, trará os gafanhotos. E eles comerão teu milho, tua soja e teus pomares. Quem havia acima de tudo, definitivamente, não era Deus."
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domingo, 21 de junho de 2020

Capando o Governo.

Os gáuchos tem algumas particularidades na arte de capar cavalos.
A que seria mais indolor e humana, seria anestesiar o animal e num ambiente cirúrgico, imolar a natureza procriativa do mesmo. Não é usada. Como é um animal não merece a consideração dos ditos humanos.
A mais usada é a sujeição do bicho via tombos, maneias, pés no pescoço, um agarro sucessivo em cada um dos testículos, um corte superficial na pele de maneira a permitir a sua saída e extirpar com um corte com a faca carneadeira.

Do mestre da poesia nativa gáucha, Jayme Caetano Braum, uma ode ao sacrifício tradicional da masculinidade dos potros:

"Remorso de Castrador
Um pealo, um tombo, um grunhido
de impotente rebeldia.
O sangue da cirurgia,
na faca e no maneador!
Nada pra estancar a dor,
do potro que sem saber,
perdeu a razão de ser,
na faca do castrador!

Há uma bárbara eficiência
nessa rude medicina.
O sangue é limpo na clina
que alvoroçada revoa!
Pouco interessa que doa:
a dor faz parte da vida!
Há de sarar em seguida
desde guri tem mão boa"

Há um terceiro tipo de castração, também muito pouco usado: o garroteamento. Este consiste em utilizar um aro de borracha envolvendo o escroto, logo após os testículos, de modo a impedir a circulação. Os testículos caem apodrecidos.

A castração serve para apaziguar o instinto do animal que de outra forma se rebelaria de maneira mais violenta na hora da doma.

Diante do cenário político do Brasil, vemos um cavalo velho enfurecido e , mais do que isso, acuado pelos próprios desmandos e de sua prole. Temos que lhe colocar um freio e lhe tirar as bolas para que a volta à normalidade seja a mais pacífica possível. Como se dará isso?

Nem quem lhe deixou aflorar os instintos redomões não sabe como fazer. Por enquanto estão só lhe cercando, dando-lhe açoites aqui e acolá mas agora estamos na fase em que a tropa onde se acoita gostou da postura de garanhão rebelde e bufa em resposta. Ou pealamos de sopetão, de cucharra, mas de olho no resto da tropa, ou teremos que castrar um a um num esforço hercúleo. As duas opções darão muito trabalho e com certeza haverão baixas de ambos os lados numa refrega que nunca houve no Brasil e, talvez, com isso, tenhamos um sentimento verdadeiro de Pátria.

Então, estamos adiando a solução cirúrgica, com anestesia e todo o aparato para uma cicatrização da pátria, por veleidades da esquerda, pelo não saber o que fazer de quem sabia de que se tratava esta governança espúria e onde nos levaria e por fim, quem deveria estar realmente cercando o cavalo doido, o povo, que está anestesiado e nem sabe o que está acontecendo.

Quem poderia fazer a castração tradicional com os elementos legais a lhe dar apoio, titubeia, temeroso da rebeldia da tropa, cuja infiltração em suas forças, lhe deu poder inimaginável. Não creio que o façam à sombra de um potro de sobre ano (cabo) e dois potrilhos nem bem desmamados (soldados).

Por fim a terceira via, vislumbrada por quem tem saber notório e ter sido criado no campo. Como bom campesino vê na própria arrogância do cavalo velho a sua derrocada. Dará pouco trabalho dar-lhe um pealo, colocar-lhe a argola de borracha e deixar que o próprio organismo estirpe ou rejeite dolorosamente o que nos aflige. Haverão muitas baixas ainda por conta dos manotaços diretos oriundos de suas ações e muitas mais por suas omissões (Covide 19)

Há figuras, entidades e atores envolvidos nesse espectro político que cabem em cada uma das soluções.

E o povo? Ah o povo. Está anestesiado pelo anestésico que deveria ser aplicado no Cavalo Velho!

terça-feira, 16 de junho de 2020

Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa

Vale a leitura desse texto por ter sido escrito pelo editor do Valor Economia Via Face de Ivone Rodrigues.
Por Pedro Cafardo
(Editor-executivo do Valor e integra a equipe que fundou o jornal. Foi editor-chefe de "O Estado de S. Paulo" e editor de Economia em várias publicações)
Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa:
Classe dominante sabia o que esperar de Jair Bolsonaro quando o elegeu
15/06/2020 05h00 Atualizado há 21 horas
O título acima, em latim, não precisa de tradução. Vem de uma reza tradicional da Igreja Católica, o “Confiteor” (Eu confesso), na qual o fiel reconhece seus erros perante o Criador.
A prática do mea culpa é rara no Brasil. O PT foi e ainda é muito cobrado para fazer autocrítica e reconhecer erros cometidos durante os anos em que esteve no poder, nos governos Lula e Dilma. Nunca os reconheceu, nunca pediu desculpas.
Há hoje, no Brasil, uma extensa lista de entidades e pessoas que precisam fazer o mea culpa pela escolha de 2018, quando a disputa democrática oferecia pelo menos seis ou sete candidatos melhores que o eleito.
Políticos influentes se omitiram na campanha eleitoral e deram um “dane-se” ao país. Oportunistas, muitos deles se elegeram governadores e deputados na sombra do candidato presidencial e agora viraram casaca como se nunca o tivessem apoiado, sem uma palavra de arrependimento e desculpas. Empresários só pensaram no próprio quintal e passaram a aceitar “qualquer um” desde que não fosse do PT. Igrejas se animaram com o tom conservador e as ideias retrógradas. Juízes e procuradores influenciaram o voto sem demonstrar constrangimento. Jornalistas olharam para a economia e acharam que Paulo Guedes, o Posto Ipiranga, com sua política liberal, poderia consertar o país. Mesmo que o presidente continuasse andando por aí propagando teorias bizarras, feito criança inconsequente.
Jornalistas, portanto, não podem fugir de suas responsabilidades. Muitos dos que hoje ferozmente expõem as atrocidades presidenciais deveriam reler com distanciamento crítico o que escreveram no passado recente. Julgaram que, uma vez eleito, o presidente não iria se aventurar no autoritarismo. Que as instituições impediriam aventuras desse tipo e consideraram histéricas pessoas que se mostravam temerosas. É possível mesmo que a sociedade organizada consiga evitar o avanço autoritário para uma ditadura, mas o custo será elevado. Já está sendo.
Na hora de assumir responsabilidade por erros, é instrutivo observar o mapa das votações no segundo turno das eleições de 2018. Está lá, em verde e vermelho, uma impressionante divisão do país em dois: o rico e o pobre. Quanto mais rico, mais verde, e, quanto mais pobre, mais vermelho. Em São Paulo, o Estado mais rico, Bolsonaro venceu em 631 dos 645 municípios. No Nordeste, a região mais pobre, ele perdeu em 98% dos municípios. A faixa verde se estende desde Rondônia, Mato Grosso e Goiás, áreas do próspero agronegócio, até o sul de Minas, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, as regiões mais industrializadas do país. A vermelha domina o Norte e o Nordeste.
Está claro que a escolha do presidente foi responsabilidade das elites brasileiras, do agronegócio à indústria, passando evidentemente pelo setor financeiro. Não há clichê esquerdista algum nessa afirmação que usa a palavra “elites”. Foram, sim, os mais ricos e teoricamente bem informados que elegeram ou trabalharam com mãos e mentes pela eleição do atual presidente. Precisam agora fazer mea culpa.
Ao escolher Bolsonaro, a classe dominante sabia que ele se juntaria ao conservadorismo de Trump, que adotaria comportamento hostil em relação à China, maior parceiro comercial do Brasil, que daria uma banana para as causas ambientais, que desprezaria os povos indígenas, que poria ideologia conservadora nas escolas, que incentivaria a homofobia e o uso de armas pela população, que tiraria recursos da cultura, que a contragosto apoiaria o arrocho fiscal recessivo, que flertaria com o autoritarismo antidemocrático.
O atual presidente tem muitos e graves defeitos, mas também uma qualidade: nunca mentiu sobre suas intenções autoritárias. As elites só não sabiam, mas poderiam desconfiar, que ele adotaria uma política tão desastrosa na área da saúde. Nem que o país enfrentaria a infeliz coincidência de ser liderado por alguém que despreza a ciência e promove a morte em meio a uma pandemia nunca vista em cinco gerações.
Por que o Brasil elegeu um cidadão que agora obriga brasileiros a lutar feito leões para manter a democracia? Por que o eleitorado foi tão incompetente a ponto de minar seu próprio terreno com bombas que agora exigem tempo e energia para a sua desativação?
Assustados, heróis da campanha das “Diretas já” dos anos 1980 emergem da aposentadoria para alertar os mais jovens sobre o perigo iminente. A batalha ideal de hoje seria pela saúde, pelo crescimento econômico, pela distribuição de renda, pela educação universal e por outras causas sociais que possam melhorar a vida dos brasileiros. Mas não, 35 anos depois de ter derrubado a ditadura, cá está novamente a nação lutando para salvar sua democracia.
Males da deflação
Mudando de assunto, se o grande e generoso jornalista Alberto Tamer (1932-2013) estivesse vivo, certamente escreveria sobre deflação. O Brasil experimentou, nos dois últimos meses, duas deflações, de 0,31% em abril e de 0,38% em maio. Tamer morou em Paris por uma década na passagem do século e tinha sempre especial atenção para os males da deflação francesa, principalmente por seu efeito recessivo. Não é preciso ser economista para observar, costumava dizer, que quando um país vive em deflação o consumo desaba, pela simples razão de que as pessoas, na expectativa de que os preços vão baixar no futuro, adiam suas compras de produtos não essenciais.
No Brasil, onde a maior ameaça foi sempre o dragão da inflação, ninguém parece preocupado com deflação, até porque é considerada passageira, decorrência da pandemia. Mas se Tamer aqui estivesse certamente soltaria os cachorros para alertar o país sobre os males dessa “inflação negativa”. Em um momento como este, ela é uma overdose recessiva.
Hoje, excepcionalmente, deixamos de publicar a coluna de Sergio Lamucci

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Artes e manhas de guri do interiror sem tv e sem smart de qualquer tipo

No caminho pra caçar rolinhas na cotrijuí, tinha um touro, tinha um touro no caminho pra caçar rolinhas na cotrijuí. Era ansim: atravessávamos o mato onde hoje é clube aquático Tiaraju e pra chegar no pátio donde havia um dos silos da cotrijuí, moca de rolinhas que vinham comer refugos de trigo, milho e soja, pra ganhar tempo, cortávamos caminho por um potreiro que era habitado por um touro holandês guampudo rabugento, que não podia ver meninos com bodoque que iam caçar rolinhas pra mode incrementar a bóia em casa. A estratégia era a seguinte: correr com as pernas pra que te quero, com o movimento ele se ouriçava, escarvava o chão e bufando vinha a toda pra riba de nóis, três ou quatro pivetinhos tisnados do sol.Então num relance quando pertinho da cerca de arame farpado, se jogar no chão e passar arranhando com o touro bufando no cangote. Muito perigoso, mas era bão! Quando o dono não nos corria, ficávamos fazendo fusquinha pro touro ficar babando e não poder nos pegar. Quando cansávamos da peripécia, atravessávamos os trilhos, não sem antes colocar umas pedrinhas neles pra ver o barulho do trem esmagando elas. Então calmamente, ficávamos de tocaia atrás das estruturas do Armazém/silo pra conseguir um frito...

quinta-feira, 4 de junho de 2020

História do Brasil, atualizada.

Esse país foi COLÔNIA por 322 anos;
Esse país teve a ESCRAVIDÃO, como instituição, por 300 anos;
Esse país se INDUSTRIALIZOU 200 anos após o continente europeu;
Esse pais quando se industrializou passou a receber as fábricas que o primeiro mundo não queria mais;
Esse país sempre exportou COMMODITIES e importou tecnologia;
Esse pais tem uma elite que sempre aceitou trocar a miséria de seu povo, por suas benecias;
Esse país possui a maior concentração de terras do mundo;
Esse país possui um dos maiores GINIS do planeta (diferença entre os maiores e menores ganhos);
Esse país , nos seus 196 anos de independência, viveu 46 anos de liberdade política.
Esse país tem como maior bancada no Congresso Nacional a bancada RURALISTA;
Esse país teve o PT ocupando o governo por 13 anos...e o responsável por todas as suas mazelas são os acertos e desacertos do PT nesses 13 anos???
ESSE PAÍS PRECISA CONHECER A SUA HISTÓRIA!!!!
Texto de Maurinto Reis