COSTELÃO DE NOVILHA

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A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

terça-feira, 19 de abril de 2016

A cusparada!


A cusparada!

Eu tenho um sexto sentido em amparar causas improváveis e nadar contra a correnteza. Ir contra a manada de "Sheeples" então... sinto no ar...
Aos que foram deletados pela sua postura de curtirem um verme (diga-se de passagem, mesmo de brincadeira dando ibope ao que há de mais baixo na escala humana-aqui coloco só uma: sua sordidez em cima das mulheres e a vida me proporcionou estar no convívio de muitas que as amo) essa postagem não irá alcançá-los.
Esta postagem se destina aos que condenam o cusparada! Ouvi de tudo, até defesa do coitadinho do cafageste pois que não ficou "provado que tenha dito qualquer palavra contra o deputado" autor do ato infame de disparar um projétil líquido pastoso no seu rosto!
Li uma postagem de uma assessora do deputado Jean. Imediatamente lembrei de um famoso advogado de Porto Alegre que ganhou uma causa infernizando o Juiz. Ao começar sua oratória, Dr. Lia Pires perguntou ao juiz "A sua família vai bem?" À resposta afirmativa começou sua algaravia pocessual. De tempos em tempos, a interrompia e repetia a pergunta ao Juiz. Pacientemente o magistrado lhe respondia. Foi nesse crescendo até que o excelentíssimo o interpelasse alterado "Mas que diabos o Dr pretende com esse interesse por minha família?  Lia Pires lhe respondeu: O Excelentíssimo Juiz, comedido, alterou sua  postura com uma simples e gentil pergunta sobre sua família, imagine o réu que a cada encontro com o assassinado, ouvia deste a palavra injuriosa de "corno"! Absolveu por unanimidade!
Pois a postagem a reproduzo aqui para que esses que estão defendendo o nazista, conheça um pouco do ambiente que antecedeu o "atentado". Por analogia ao clima de torcida de futebol que se instalou no "circo dos horrores" - menção de mídia mundial - dou fé ao que o Deputado Jean relatou:
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Renata Leão, Via Dra Fabiana Agra
19 h ·
Estou lendo tantas barbaridades e julgamentos equivocados que resolvi falar sobre “o cuspe”. Esse texto não é sobre as posturas políticas do Jean Wyllys, suas falas, defesas, lados, projetos de leis. É sobre “o cuspe”. A maioria aqui sabe o quanto somos amigos e também do quanto divergimos sobre mil e uma questões, inclusive políticas. O Jean está há mais de cinco anos vivendo num ambiente MUITO hostil para quem não tem o perfil “padrão”. Ok, até aí todo mundo tem conhecimento. Na verdade, pensam que sim. A gente sempre acredita compreender a dor que o outro sente, mas não é verdade. Eu sou branca, heterossexual e classe média alta. Por isso eu só entendi verdadeiramente a dor do preconceito quando vivi na pele, por tabela, mas na pele. Eu não vou conseguir esquecer nunca mais do dia em que a foto que ilustra esse texto foi tirada. Eu era assessora do Jean e estávamos indo para uma Comissão quando Bolsonaro apareceu no começo do corredor em nossa direção. A cena que se seguiu é algo difícil de descrever. Aos berros, porque é assim que ele chama às câmeras e holofotes para si, ele xingou, insultou, fez piadas, denegriu, ele torturou o Jean. Não vou reproduzir aqui as palavras ditas por esse monstro porque tento esquecer delas todos os dias. Para dar uma noção, até humilhar a mãe dele ele foi capaz. E antes fosse com um singelo “filho-da-puta”. Foi um menosprezo daqueles que só as pessoas dotadas dos sentimentos mais nefastos são capazes de produzir. Jean manteve-se calado, mudo, congelado como uma estátua, para só voltar a ligar o “on” quando o monstro se calou. Eu também congelada, mas era pelo estado de choque. Senti uma coisa que me dava quando era criança: um nó na garganta pela vontade de chorar, mas ter que conter para não mostrar fragilidade. Ficamos assim. Ambos congelados diante do circo de horrores até Bolsonaro cansar de falar as maiores barbaridades e baixarias que já ouvi na vida. Ele seguiu e nós para o lado oposto, tentando driblar uma aglomeração que foi formada. Quando nos sentamos, tudo aparentemente bem, avisei que ia ao banheiro e lá desabei numa crise histérica de choro. Aquele homem tinha despertado em mim as piores sensações: ódio, raiva, asco, revolta, impotência. Eu chorei muitos e muitos dias depois lembrando da cena e nunca falei sobre isso com o Jean. Esses shows de baixo nível tornaram-se habituais ao longo desses mais de cinco anos. Bolsonaro segue insultando e provocando sempre que tem uma oportunidadezinha que seja. Ontem Jean chegou em seu limite. A atitude foi certa? Não! Educada? Não! Racional? Não! Inteligente? Não! Eu faria o mesmo? Não sei! Acredito ser difícil mensurar as nossas reações quando somos provocados nesses níveis. Acho mesmo é que eu não teria chegado até ontem com a diplomacia com que o Jean aturou esse verme. Esse cara me derrubaria mole. Não sei lidar com esse tipo de crueldade sórdida e sem limites. Jean, querido, você tem todo o meu apoio e compreensão. Esse cuspe estava entalado em mim.
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 Abaixo uma amostrinha!

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