COSTELÃO DE NOVILHA

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A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Do ódio que campeia no Brasil




Pois meu amigo abaixo, colocou uma série de considerações totalmente válidas e não excludentes. Todas são verdadeiras e facilmente defensáveis por cada grupo caracterizado. Só que, no meu entender, há uma dinâmica muito forte que alimenta cada verdade dita. Tento colocar o que penso, da melhor forma possível, em um escrito despretensioso e que longe de ser absoluto, procura instigar para que se olhe com outro olhar o que acontece no Brasil neste momento. Talvez resulte numa forma melhor de analisar os porquês de termos chegado a tanto ódio. É só lançamento de ideias que provavelmente mentes mais sábias saberão analisar com mais fundamento acolhendo totalmente, em parte ou rejeitando. Há uma máxima usada na Conscienciologia que diz "Não acredite em nada que ouvir, ver ou ler aqui, pesquise e forme sua própria convicção"!
"Alexandre Mesquita


Existe o ódio ao PT. Ele é abjeto.
Também existe o ódio petista contra tudo e todos. Ele é igualmente abjeto.
Existe o ódio daqueles que não gostam ou deixaram de gostar do PT.
Existe o ódio daqueles que não gostam de nada.
É muito ódio e falta de respeito a diversidade para o meu gosto.
Não se luta ou se constrói nada novo com tanto ódio.
Os alicerces são outros."

Acho que a ótica é outra: Há classes e elas lutam entre si. Nem na Índia, onde as classes são bem estruturadas e sedimentadas por séculos, há paz entre elas. Olhando a estratificação da sociedade pela Pirâmide de Maslow dá para entender. Uma classe fica incomodada com a ascensão de pessoas de classe imediatamente inferior. O descenso é quase comemorado como vemos agora. Um exemplo muito comum: o bulling que fazem com os novos ricos e o desprezo para quem quebrou!

Um que outro que ultrapasse a linha que as separa tudo bem: é fruto do mérito de cada um. Quando se dá condições de muitos conseguirem, com seu méritos, com bases melhores, é invasão e não deve acontecer. O que a esquerda conseguiu foi alavancar o mérito de muitos e fazer a estratificação se movimentar desde a base da pirâmide e isso fez criar medo nos estratos seguintes. Agora não teriam monopólio e divisão de algo nosso não é bem vinda. Nossa vida, nosso aeroporto, nossos shoppings, nossas estradas, nossas praias (vide o apartheid promovido nas praias cariocas), nossos teatros, nosso mercado, etc., etc., etc. ...

O que mais alavancou a movimentação de pessoas nos diversos estratos inferiores da nossa população foi a atenção dada as camadas paupérrimas. Seja pela facilidade de muitos que não tinham como conseguir seguir adiante na educação universitária, ou de conseguir fazer um curso técnico de excelência que o Sistema S proporcionava (pelo custo), seja de mitigar a fome e outras questões básicas para a sobrevivência humana. Isso foi conseguido com as cotas, com aumento de campus universitários, com criação de escolas técnicas, com o Pronatec e com o bolsa família e suas condicionantes!
Paulatinamente pessoas, antes sem condições, evoluíram educacionalmente alcançando outros estratos. Famílias deixaram a fome para trás e muitas foram contempladas com casas dignas deixando as sub-moradias para trás.

Escrevi mais demoradamente e com mais embasamento neste blog: http://blogdobentinhodeitaara.blogspot.com.br/2014/08/a-piramide-de-maslow-e-o-bolsa-familia.html

Isso em relações normais não deveria gerar ódio se não fôssemos humanos e não fôssemos influenciáveis pelo meio em que crescemos e vivemos...

Luiz Fernando Veríssimo diz que ódio ao PT iniciou muito antes de o PT nascer. Em síntese ele é oriundo de toda a sociedade "normal" contra os marginalizados de todas as espécies principalmente as subespécies. Talvez no início não fosse ódio. Fosse ojeriza inocente. Fosse apenas uma segregaçãozinha sem importância. Fosse um torcer de nariz que não mata.
No momento em que não um mas muitos "se acham" a coisa sobe alguns tons de vermelho...
Aí vem a recíproca fundada na lei natural da Ação e Reação. O que era palatável para quem tem o preconceito não é mais! Da mesma forma, o que era engolido é regurgitado.
Muito natural e humano.

De minha parte não acredito ter ódio por quem não quer o avanço de mais pessoas. Acho que meu sentimento vai da incredulidade de ver muitos estudados, vividos, cristãos, criticando cegamente, mesmo com argumentação contrária consistente, as conquistas sociais do Brasil à pena  de ver esse pensamento arcaico vencer neste momento e de goleada.

É meu pensamento. SMJ!

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