COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

terça-feira, 15 de abril de 2014

Em que mundo eu vivo?




Passaram-se milhares de anos desde que nos pusemos sobre as patas traseira, desde que aumentamos nosso cérebro, dede que, com erros e acertos, formatamos estados sociais com alguma ordem e justiça.

Hoje alguém me pergunta em que mundo eu vivo, ao afirmar no meu perfil do facebook: “O pior de tudo que as pessoas ficam falando: "tem que fazer mesmo" incitando os outros naquilo que eles sabem que está errado e veem no outro os seus executores. O Hitler era assim, o Obama também...”

O que originou essa minha assertiva, foi a chacina de um jovem de 17 anos, com problemas mentais. Os agressores tinham uma pauta extensa de acusações que ia desde tentativa de estupro de uma menina até assalto para roubar. Nada foi comprovado, nada! A manada tomando a si a acusação, julgamento e execução. Turba enlouquecida, aos gritos de mata!

Toda e qualquer crime de morte me choca. Não as mortes naturais em que o envolvido é tão somente o defunto e seus erros ou acertos que irão decidir quando irão para o outro lado. As mortes que interrompem vidas que ainda estão florescendo, essas me chocam. Seja por terem sido causadas por incompetência, imprudência, drogas, assaltos, queima de arquivos, afastamento de desafetos (mesmo os familiares: pais que matam filhos que matam pais) e outras estúpidas mais.

A diferença é o olhar que cada um lança nesses episódios. O meu, não sei se é diferente. Mas é meu. Esse é o mundo que meus amparadores propuseram para eu caminhar e evoluir. Muitas vezes tive o mesmo olhar que observo nos outros. Como mudei meu olhar, acredito que evolui. Não sei se pela idade, por conhecimento, ou o quê. Sei que mudei. Vejo com mau grado a apologia ao crime, mesmo que sobre outro crime. Não é assim que deve rodar o mundo. Isso já deixamos para trás quando abandonamos a Lei de Talião. Vejo com mau grado, também, um serviço concessionado pelo poder público, ser usado justamente para desobediência civil por uma representante desse serviço ao aprovar, em editorial jornalístico, a punição por uma turba a um jovem que foi acorrentado a um poste. Aqui não interessa culpa ou não do punido. Interessa o fato de que leis foram quebradas. No outro caso que relatei não interessa igualmente se era inocente ou não. O desrespeito às leis, a incitação ao crime, à baderna, ao desajuste de conduta, não fazem parte do meu mundo. Como repito seguidamente: há uma lei natural do livre arbítrio. O ser humano pode fazer tudo o que quiser e não será a lei dos homens que vai impedi-lo. Há o correspondente castigo ou prêmio. A escolha é nossa.

Quanto ao colocado que Hitler agiu assim e Obama agora age, a comparação pode ter sido um tanto exagerada, mas cabível: matou-se e mata-se por pensaram exatamente assim como os que coloquei na minha citação...

Nenhum comentário:

Postar um comentário