COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

sexta-feira, 25 de abril de 2014

De repórteres, jornalistas, mídias e afins...


Depois de fazer um arroz com carne( atenção não é carreteiro, como tinha um bom bocado de arroz pronto.  Tinha um bocado de carne, fritei, temperei, misturei com o arroz e saiu o arroz com carne, depois dou a receita) relaxei e sentei à frente da TV para assistir uma reportagem sobre um tiroteio havido na capital.
Vila Cruzeiro. Desde sempre em conflito. Desde sempre envolvida com o tráfico. Desde sempre exportando violência. A reportagem trouxe boas respostas da comunidade frente ao problema. Mas o fulcro da reportagem foi o medo e uma pretensa  ordem de recolher. “A população está com medo!” afirmou o repórter. “ Não estão mandando as crianças para a escola!”  Sobre o Postão de saúde “Está funcionando mas irá fechar se houver problemas!” E aí no complemento da matéria e do encerramento do jornal, uma entrevista com o Secretário Estadual de Segurança.
Cerco total tentando dirigir a entrevista para o caminho do caos e da violência. Respostas firmes que desdisseram tudo o que foi dito. Foi explicado que a ação do estado foi  imediata e que não havia mais motivo de preocupação pois o estado está presente e o ocorrido era extemporâneo.
Estamos vivendo em uma época em que a midiatite está se sobrepondo à razão. Não escapam à  epidemia nem mentes abertas nem empresários, grandes empresários. A coisa é tão encruada que mesmo diante de todos os indicadores estarem positivos pensam que haverá confisco de poupança, pacotes de todos os tipos e outras neuroses...
Você olha a tv, lê o jornal, houve as rádios, lê comentários no face, e o mundo brasileiro está um caos, não há governo, a inflação atingiu os níveis dos anos oitenta, a Petrobrás está quebrada e sucateada como nos anos 90, não há saúde, não há educação e como nesta reportagem a segurança inexiste.
Será?
Uma estorinha minha para definir o tipo de repórter,  jornalistas,  mídias e afins que existem de há muito e por isso esses sentimentos de guaipeca (gauchês: síndrome de vira-latas) estão tão arraigadas:
Final da década de 1980, início da década de 1990. Sempre na semana farroupilha fazíamos um acampamento na Estatal Procergs (um ícone como estatal e como vanguarda tecnológica). Houveram algumas greves antes, alguns meses antes. No dia do ocorrido por aclamação fui eleito o Patrão do Dia. Encarregado de receber visitantes, coordenar o pessoal e não fazer nada a não ser comandar. Pois me apareceu um jornalista com cinegrafista e fotógrafo da Rede Brasil Sul de Comunicações. Fotos e começaram as perguntas. O que estão reivindicando?
Qual a proposta de vocês? O que pretendem? Acham que  ganharão?
Já na primeira pergunta, percebi que o taura (grosso) não havia entendido nada da minha explanação sobre a história do RS, da importância para a nossa cultura, do amor que o gaúcho tem por sua história e etc e etc... Comecei  a gozar com sua cara. Estamos reivindicando que os impostos sobre o charque sejam menores que os cobrados do Uruguai. Nossa proposta é que o Rio Grande do Sul se separe do Brasil. Pretendemos atacar quem nos atacar. Se ganharemos ou não é outra história mas que vamos dar um susto no Imperador, ah isso vamos...

A risada foi geral e recolhidos os equipamentos, todos foram embora. A entrevista não foi ao ar... Não tive meus 10 segundos de fama... 

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