COSTELÃO DE NOVILHA

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A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A Pirâmide de Maslow e o Bolsa família.


A Pirâmide de Maslow e o Bolsa família.


Vou começar lembrando uma máxima que diz “Deve-se ensinar a pescar e não dar o peixe”. Ao mesmo tempo, cotejá-lo com a Pirâmide de Maslow. Antes  um adendo. Não é uma teoria aceita universalmente pois existem pequenas restrições ou olhares diferentes. No entanto, os estratos colocados em si, não são contestados a não ser para inclusões  ou pequenas modificações. As maiores divergências são com a dinâmica descrita por Maslow para a migração de um estrato para outro. 
Isso posto, vamos ensinar a pescar.
Vamos pegar uma família extremamente pobre, daquelas que vivem abaixo da linha da pobreza e vamos ensiná-la a pescar. Em sendo pobre, a comida é inadequada ou rala, roupas rotas ou inexistentes para manter a homeostase, educação formal pouca ou inexistente, sexo animalesco sem prevenção, respiram pois ao contrário estariam mortos, excretam na maioria das vezes sem cuidado sanitário correto e seus dejetos pululam ao seu redor a céu aberto. Vontades de progredir? Sem maiores perspectivas a não ser por um Salário Mínimo, mínimo, que não vai lhe proporcionar a “subida” ou ascensão para o próximo estrato. Beco sem saída.
O que fazer? Levar o chefe da família para a escola? Longo caminho para quem tem fome, não tem dinheiro para a passagem e realmente, a escola formal lhe livrará das amarras? Quanto tempo levará? Com alimentação falha, qual será seu aproveitamento? Estudos mostram que serão pífios. Evadirá novamente da escola ou não se sentirá atraído pelos nossos chamamentos. Usar os Sistemas  “S” (SENAI, SENAC, SENAT, SENAR) tem que pagar. E da onde tirar dinheiro que mal dá para comer? A mulher não “apita” coisa alguma em casa e mulher é para criar os filhos. No máximo pegar umas roupas para lavar ou alguma faxina  eventual pois existem os filhos para “tomar conta”. Sem perspectiva alguma de frequentar a escola formal e seguir o caminho “normal”!  Os filhos nem vão à escola: não têm roupas e pelos pais não precisam de estudo pois o pouco que eles tem não lhes deu nada em termos de emprego e essa é a sua realidade. Se precisar usar transporte, aí sim que fica difícil: não há! O pai para trabalhar, tem o vale transporte mas o resto da família...
Diante disso, ensinar a pescar? Não tem equipamentos, não tem o básico para suas necessidades vitais, e não lhe proporcionamos os meios de ir à pescaria. Ensinar a pescar que há muitos e muitos anos, muitos tipos de governos, muitas ideologias empregaram e não resolveram o problema. Problema perpétuo que ficaria até o infinito...
Em 2002:
Em Conscienciologia é ensinado que podemos auxiliar o próximo em três níveis. O primeiro é o mais básico: dando-lhe Consolação em forma de doações materiais (roupas, comida, dinheiro eventual). É definido com Tacon Tarefa de Consolação . O segundo com ensinamento que proporcione evolução de quem recebe: Educação técnica ou formal e gestação literária voltada, também, ao entendimento  que leve as pessoas a um desenvolvimento. É definida pelo neologismo Tares – Tarefa de Esclarecimento. O terceiro, mais avançado, a doação incondicional de energia Conscencial aos Amparadores(anjos da guarda, seres superiores, santos, etc) para que estes utilizem em outros seres que necessitem sem restrições de espécie alguma(a minha energia beneficiará até meus “desafetos” se assim for necessário). Individual e intransferível é chamado de TENEPES – Tarefa Energética Pessoal.

Com as políticas anteriores, surgiram as ONGS, os projetos de voluntariado, o Criança Esperança, patrocinados por grande empresas que assim faziam a parte social. Normalmente só o nome era dado e muito poucos recursos. Retorno de impostos e marketing social. Inócuo por não ter alcance  sobre a massa-alvo inteira. Iniciativas governamentais incipientes atendendo parte dos problemas. Vale gás, vale leite, e o embrião do Bolsa Família sem contrapartida no Governo de Fernando Henrique Cardoso. Valor pequeno que não alavancava absolutamente nada. Alguma consolação, sem alcance maior do que o paroquial. Não tinha maior repercussão macroeconômica! Sem contrapartidas, esmola pura e sem ser política de estado, servia sim, de cabo eleitoral. Aliás, ao  tornar-se  política de estado com seus agentes de execução baseados no município, retira o caráter eleitoreiro dos estados e do governo federal  e o deposita no colo dos prefeitos. Que usam sim como ferramenta eleitoreira.
BOLSA FAMÍLIA.
No primeiro governo Lula, foi aumentado o alcance dos programas sociais e, ao mesmo tempo, tornado política de governo com providências para impedir o desvio dos valores antes que chegassem à pessoas . A utilização de cartões bancários fez a ligação direta da origem com o usuário final. As condicionantes impostas ao programa fizeram a enorme diferença entre os embriões dos vários programas e o Bolsa Família e desarmam as falácias de “esmola”, eleitoreiro (se não o era no governo do Dr. Fernando Henrique sem controle nenhum , não o é no do DrHN. Luis Inácio). Dessas condicionantes, duas ressalto de suma importância:
A – Cumprimento de todos os procedimentos pré-natal, todas as vacinas e todos acompanhamentos pós-nascimento.
        Esse cuidado, fez o Brasil atingir as metas de diminuição dos óbitos das parturientes e infantil,  propostas pela ONU, bem antes dos prazos estabelecidos. Isso é prevenção em saúde e com certeza, virá uma geração mais saudável. Muda o modo de pensar das pessoas, tornando-as previdentes em termos de saúde e não como a minha, que só vai ao médico quando há problemas (mudança de paradigmas).
B – Todos filhos deverão estar na escola.
         Melhora dos tempos de escolaridade em todos os estágios da educação básica, baixa da evasão escolar e com alimentação melhor em casa e reforço na escola, o desempenho na aprendizagem melhora conforme vários estudos que volta e meia são feitos para corroborar a teoria de que crianças bem alimentadas conseguem se destacar das que tem sub-alimentação. Com isso começamos a dar condições de igualdade entre os desiguais...
Outro benefício que trouxe o Bolsa Família, foi o protagonismo dado às mulheres. Em raríssimos casos é dado ao homem. Ela é quem sabe melhor gerir os dinheiros para melhor atender as necessidades prementes. Derruba o mito de que serviria para os homens gastarem com bebidas ou com outras coisas que não aquelas da base da pirâmide proposta por Maslow.
Esse protagonismo, de se sentir valorizada, de atender a sua saúde e de seus filhos, trouxeram um outro entendimento sobre o número de filhos pois a mulher com menos recursos, era vista como fábrica de filhos. Outro mito derrubado. Há diminuição.
Quem mais se beneficia com o Bolsa Família? Os comerciantes, produtores e prestadores de serviço das periferias e dos muitos interiores do país beneficiam-se do volume mensal de dinheiro. Há estudos que mostram a repercussão desses valores injetados mensalmente na Economia do País. Não é pouco. Os valores do Bolsa Família geram 1,7 vezes  no PIB. 
Gostaria de dar um “pitaco” sobre o primeiro estrato da Pirâmide. Deveria ter uma necessidade a mais:  mobilidade.  Nos dias de hoje não há como locomover-se sem dispêndio. Imaginem quem não tem as outras necessidades resolvidas, como atender essa.
A par dessa medida da Bolsa Família, como é bom ver a gurizadinha esperando os ônibus que os levarão para a escola. Tinha inveja, quando criança, ao ver nos filmes de Holliwood as crianças embarcando em ônibus. Já não tenho mais. Ônibus novos, ônibus alugados, ônibus que levam e trazem as nossas crianças sem nenhum custo para os pais e que independem se são partícipes do Programa ou não. É universal.  Isso também é segurança para os nossos filhos e netos.
Os pais não tem dinheiro para comprar livros? Isso já não é problema. Todos os livros do Fundamental e Médio são gratuitos. Alguns livros teem  erros como o noticiado frequentemente? Podem ter sim. Cabe aos professores que os recebem verificarem e não os utilizarem. Eles detém o poder de aceitar e indicar e também reportar a quem de direito para retirá-los.
Pois é e a história de desenvolver todos. Até agora me ative à mulher e às crianças, mas e o homem? A mulher também não tem que ter desenvolvimento técnico ou formal?  
Aí entram os outros programas. Pronatec. Esse programa reputo como o mais ousado até hoje em termos de formação técnica. É tão completo, que beneficia localmente as necessidades da indústria, do comércio, do transporte e da agricultura. Contempla com alimentação e transporte a quem está inscrito. Dessa forma eliminam-se duas necessidades básicas impeditivas que não foram contempladas com os primeiros programas.  Modificou-se muito. Os agentes de aplicação não precisam se preocupar em gerenciar valores, a não ser efetuar os depósitos nas contas abertas em banco estatal, fortalecendo-os e eliminando burocracias. Os agentes de educação técnica são aqueles que as confederações nacionais que abrangem todos os segmentos econômicos do país tinham para gerar mão-de-obra qualificada: SENAI, SENAC, SENAT e SENAR. Eles são sinônimos de qualidade e conhecimento técnico. Seus cursos abrangem o próprio conhecimento técnico, relações humanas no trabalho e segurança no trabalho. Mesmo os cursos básicos, são muito completos.
Homens, mulheres e jovens são os beneficiários desses programas complementares. Atingem uma gama enorme de profissões. Eliminam o aprender na prática que deixa muito a desejar pois não trazem todos os aspectos e se perpetuam os erros. Criam uma nova consciência de trabalho, mesmo simples, altamente técnico.
Salvo melhor juízo, entendo que com esse programa são atendidos os dois primeiros estratos da pirâmide de Maslow e as duas formas mais simples de amparo ao próximo preconizadas pela Conscienciologia: Consolação (necessidades básicas)  e Esclarecimento (auxiliando com entendimento, a evolução do público alvo.
Resultado disso tudo? Um Brasil melhor.


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