Dando asas aos gatilhos provocativos que rebuscam nossas almas, "Entrou por uma porta saiu por outra, quem quizer que conte outra", lembrei do incêndio que provocamos em casa mas que não se concretizou graças aos malabarismos que praticávamos subindo no pessegueiro do galpão!
Noutra postagem me desnudei e contei que o pessegueiro que tinha pertinho do galpão que tinha um galho que subia por cima do mesmo, era minha rota de fuga dos tempos trovejosos e de varadas da mãe! Pois nessa o pessegueiro foi minha rota para apagar um princípio de incêndio inicado por mim e pela minha mana mais nova.
Minha mãe estava adoentada e quem estava tomando conta de fazer fogo, cozinhar e ajudar nos serviços da casa, era minha mana mais nova e eu (botei o burro despois). Pois uma tarde ou manhã (sei o milagre, mas não quando aconteceu) tinhamos que fazer o fogo no fogão à lenha. Não tínhamos fogão à gaz. Acontece que sempre fui previnido e por causa disso havia feito uma caixinha de gravetos lascados de lenha para iniciar o fogo. Como era o mais velho, iniciei o fogo e falei pra mana que cuidasse do fogo que iria fazer não sei o que. Acontece que o cano do fogão passava pelo forro de madeira e estava carcomido pela ferrugem bem na altura das tábuas de que era feito. Isso normalmente não teria problema pois as labaredas normalmente não atingiriam esssa altura - mais ou menos de 2,4 metros. Mas porém, todavia, contudo, entretanto, a maninha tinha colocado praticamente todos os gravetos, um a um na fornalha do fogão criando labaredas. Para completar a fotografia, tinha aberto o suspiro e as labaredas subiram livres leves e soltas cano acima. Voltando ao cenário, senti cheiro de tinta queimando e levantei os olhos e vi o que estava se formando. Não sei o que me levou a ter sangue frio e apagar o fogo no fogão primeiro, enchi um lata de azeite que servia de copo/vasilha com água e corri para o pessegueiro. Subi no telhado e corri até o canto em que dava no telhado da casa, passei para ele, afastei as telhas de barro e despejei toda ao redor do cano. Incontinenti voltei ao pessegueiro onde a minha mana estava esperando para buscar outro copo d'água e assim conseguimos apagar o fogo. Consertei o telhado. Quando desci, minha mãe havia levantado e tomou conta da situação.
As nossas artes nos deram a agilidade para contornarmos a situação. Ufa!
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