COSTELÃO DE NOVILHA

COSTELÃO DE NOVILHA
A PROVA DE QUE APRENDI A ASSAR...

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Você já vendeu seu voto hoje?



Há leis que proíbem a venda e, consequentemente, a compra dos votos. Dentro do possível, a Justiça eleitoral procura coibir e punir com cassações de candidaturas e de mandatos. Mas há algumas transações nessa linha que não é possível de se enquadrar como venda de voto como descrita na lei. São o que chamo de venda coletiva de votos. Explico. Não importa para esses negociantes o todo que rege um futuro governo grafado em um programa, mesmo que seja peça de ficção e não se cumpra na totalidade. O que importa para eles é o que leem sobre sua facção e se, mesmo correndo o risco de não ser realmente contemplado, o que leem lhes satisfaça o mínimo possível. Não convenci? Vamos ver alguns exemplos do que está acontecendo nesta corrida eleitoral.
Várias bandeiras estão esvoaçando nesta campanha. No rastro dos protestos fabricados – sim foram fabricados exatamente para servir de base para o que acontece agora – um leque de reinvindicações se formou de modo embasar como de anseio público, os programas de governo.  
Primeira bandeira. Transporte gratuito. Defendo o transporte gratuito para (aí você escolhe operário, estudante, inválidos, idosos). Não vou nem justificar que a maioria já está contemplada. Se eu pertenço a esses grupos e não olho as outras propostas do candidato, estou vendendo meu voto pelo valor do transporte gratuito. Quem pagará vai ser o governo via seus impostos... Que gratuito é esse????
Bandeira LGTB. Institucionalização das causas via presidência da República. Muito louvável e acho que se proteja sim, tanto a união como as vidas destes. Sabe-se que a violência e intolerância tem que ser combatidas como o foram a das mulheres, com legislação específica. Um porém que levanto, um senãozinho que justifica o título desse escritinho: só isso para justificar o seu voto? Assim como há LGTBs com situação estável como empresários ou autônomos que não serão abalados por programas neoliberais, existem os LGTBs  menos afortunados que são empregados e há LGTBs que vivem ou viveram abaixo da linha da pobreza e dessa forma necessitam de políticas diferentes das neoliberais. Ao olhar só minha condição não estou vendendo o meu voto?
Bandeira liberal. Há os que acham que a liberalidade deve pautar os programas de governo incondicionalmente. Se alinham com quem os contempla. Tenho vários amigos assim. Mesmo sabendo que  os seus clientes precisam estar bem economicamente, não olham para as bandeiras que estes empunham. Não estão vendendo seu voto?
Os militares d’antanho. Com antigos governos não tiveram rusgas. A situação incômoda que vivem com a comissão da verdade e a aparição de suas mazelas os faz negociar os votos por um preço aviltado: uma pá de cal e o primeiro que for contra a comissão da verdade leva!!!
E aí chegamos a todos os intolerantes. Eles só querem mudar isso que está aí. Mesmo sem saber o que isso significa. Está tudo ruim. Não teem sequer a ideia de que o ruim que aí está pode ser muitíssimo melhor do o bom da mudança! Não vendem seus votos por não saberem o preço dele. Doam. Irresponsavelmente, doam.
Certamente há mais tipos de vendas.

O meu voto tem preço. É alto. Meu voto irá para o candidato que der continuidade ao desenvolvimento com inclusão social.  Esse é o meu Preço: transmitir, aos meus descendentes e aos descendentes de todos, um país mais justo e pleno de cidadania.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário